Um dos destaques na vitória do Náutico diante do Cruzeiro na noite desta quinta-feira (13), nos Aflitos, o atacante Júlio saiu do banco de reservas para se tornar um dos principais personagens do jogo.
Crucial no crescimento da equipe no segundo tempo, o explosivo prata da casa alvirrubro viralizou nas redes sociais ao
Questionado sobre a relevância do seu atacante durante o jogo, o técnico do Náutico, Dado Cavalcanti, reforçou o sentido de Júlio, atleta de apenas 22 anos, ser um jogador autêntico.
“Eu brinco demais com o Júlio no vestiário. Ele é chato pra caramba, no bom sentido, ele sempre tem uma saída, quando conversamos ele sempre uma explicação a dar, uma brincadeira. E ele é essse cara no jogo. E ele precisa ser esse cara no jogo”, defendeu o treinador.
O excesso de vontade de Júlio, entretanto, nem sempre é bem recebido pelos adversários e pela arbitragem. Em fevereiro, ele provocou a torcida do Santa Cruz no Clássico das Emoções, no Arruda. Dias depois, no duelo contra o Sport, correu em direção aos zagueiros Sabino e Thyere para comemorar efusivamente um gol vibrando na frente dos rivais.
Num desses momentos de “vontade demais” do atacante, ele acabou usando de excesso de força num jogo do Campeoanto Pernambucano, contra o Porto, no mês passado, e foi punido com seis jogos de suspensão.
“Fiquei bastante chateado aqui por ele ter sido julgado pela arbitragem. Ele é jogador que provoca o adversário, faz parte do jogo a provocação. É um jogador que briga, que discute, que empurra e ele começou a ser marcado pela arbitragem local, até foi inibido. O Júlio tomou uma suspensão absurda de jogos, do meu modo de pensar, pela ficha corrida dele, não foi pelo ato em si. Isso me deixa chateado”, disse Dado Cavalcanti, após a
Ao final do jogo, Júlio foi o jogador do Náutico mais celebrado pela torcida. Mesmo não tendo sido ele o autor do gol - marcado por Gabriel Santiago -, o prata da casa voltou a demonstrar muita raça e entrega durante o jogo. Ao fim do jogo, o nome do jogador ecoou pelos Aflitos.
“Eu sempre defendo muito ele na coletiva porque pegam no pé porque quem ele é dele. E quando ele não é esse cara acaba perdendo performance e se descaracterizando. Às vezes ele não toca na bola, e como ele se conecta no jogo? É marcando, correndo, discutindo, brigando, dando carrinho no zagueiro, é virando com a torcida, esse é o Júlio. É óbvio que a gente precisa domar, direcionar, às vezes apertar um parafuso. É um jovem, mas ele não pode deixar de ser ele. É importante tê-lo aceso, em condições de entrar no jogo e mudar a partida como fez hoje. Espero que ele siga assim”, reforçou o treinador alvirrubro.