O novo técnico do Cruzeiro aceitou o desafio de deixar Portugal para trabalhar pela primeira vez no Brasil. Como não conhecia internamente os detalhes do futebol brasileiro, Pepa usou um artifício até lógico para obter informações necessárias: entrou em contato com seus compatriotas que já trabalham no país.
A Elite do Campeonato Brasileito conta agora com oito treinadores lusos. E foram alguns desses que auxiliaram Pepa com informações importantes para que ele tentasse encurtar processos, como a adaptação, por exemplo.
“Aconteceu, é normal (ter o contato com os compatriotas). É normal trocar informações. Discussões de vários aspectos. Tanto eu, como a comissão técnica, tivemos contato com colegas, amigos”, revelou Pepa em sua coletiva de apresentação no Cruzeiro.
Antes de Pepa, outros sete treinadores de nacionalidade portuguesa já estavam em clubes da Série A do Campeonato Brasileiro: António Oliveira (Coritiba), Ivo Vieira (Cuiabá), Abel Ferreira (Palmeiras), Luís Castro (Botafogo), Pedro Caixinha (Bragantino), Renato Paiva (Bahia) e Vítor Pereira (Flamengo).
“Aqui (futebol brasileiro) tem a densidade de jogos, quem chega tem que adaptar muito rápido. Tem que se informar muito bem e tem que ter uma equipe muito boa. A questão da densidade de jogos, jogar de três em três dias, intensidade, isso tem que ser levado em campo. É o desafio que sozinho não se consegue, tem a estrutura, o suporte, depois a comissão técnica que fica no centro de tudo. Cabe a mim gerir esses recursos e potenciá-los à equipe”, comentou o treinador celeste.
De acordo com informações apuradas pela Itatiaia, Pepa vive uma imersão em detalhes do futebol brasileiro, não só em questões relacionadas ao campo, mas, também, em fatores externos.
O treinador procurou detalhes com funcionários do Cruzeiro sobre o trabalho da imprensa, entrevistas antes, no intervalo e depois dos jogos. Pepa se impressionou com o fato de os treinadores no Brasil concederem entrevistas na beirada do campo para a empresa detentora dos direitos de transmissão.
