O Barcelona segue sendo alvo de investigações na Espanha no chamado “Caso Negreira”, que apura possível suborno do clube a uma empresa do ex-vice-presidente do comitê de arbitragem da Espanha, José María Enríquez Negreira.
Atualizações do caso foram divulgadas por portais espanhóis, como o Marca, o El Mundo e o El Confidencial. Recentemente, a Guarda Civil local questionou cerca de 20 árbitros sobre possíveis influências de Negreira nas decisões de campo, muitas delas envolvendo o Barcelona.
Conforme as publicações, foram comprovadas a existência de jantares de arbitragem organizados pelo grupo de Negreira em um bar de Barcelona, quando se deslocavam ao Camp Nou para apitar os jogos do Barça. Também foram citados encontros terminados em um karaokê e viagens em carros de luxo.
Ainda segundo portais espanhóis, o instrutor do caso considera que Negreira controlou o sistema de qualificação dos árbitros para favorecer os “afins” para dirigir “jogos relevantes da Liga ou Taça e jogos internacionais ou mesmo manter a categoria, aumentando portanto, sua renda de uma forma importante”.
O El Mundo informou também que os últimos responsáveis do Departamento de Conformidade do Barcelona reconheceram que nunca foi aberta uma investigação interna em relação aos pagamentos milionários que o Barça fez aos dois árbitros número dois e ao seu assistente durante duas décadas.
O Barcelona não pode mais sofrer sanções esportivas na Espanha pelo fato de os ocorridos terem transcrito. O clube, porém, ainda pode receber punições pela Uefa.
Até então, o clube era investigado por corrupção, mas a mudança para suborno constitui um delito mais grave. O clube já está indiciado, mas ainda não há previsão de prisões, de acordo com a imprensa espanhola.