Ouvindo...

Participe do canal e receba as notícias do Atlético no WhatsApp

Diretor do Atlético descarta elitização da Arena MRV e explica venda de cadeiras cativas

João Gomide concedeu entrevista exclusiva à Itatiaia nesta quarta-feira (9) e abordou temas sobre o estádio

O Atlético comercializa novo lote de cadeiras cativas na Arena MRV

A ideia do Atlético de abrir a venda de novo lote de cadeiras cativas na Arena MRV gerou alguns comentários negativos nas redes sociais. Parte da torcida enxerga a iniciativa como forma de afastar o chamado “torcedor comum” do estádio e fomentar um processo de elitização da “casa própria”.

Nesta quarta-feira (9), a Itatiaia recebeu João Gomide, Superintendente de Negócios do clube e abordou este tema. Em entrevista exclusiva, ele destrinchou a iniciativa e foi enfático: ‘Isso não exclui a Massa”.

Leia também

Para iniciar a resposta, Gomide explicou o motivo da venda das cadeiras cativas no setor Brahma Leste.

“Estamos tomando esta iniciativa de abrir novas cadeiras cativas para dar oportunidade para a Massa atleticana, de quem gosta de estar ali. Serão do lado oposto do banco de reservas. No ano passado tivemos quase 35 mil pessoas de média, durante os jogos, e neste setor tivemos uma ocupação de 70% de média. Vimos que ali tinha pouca venda avulsa, o pessoal estava comprando mais nos jogos principais. Estamos dando a oportunidade de quem quer garantir esse ingresso, nesse lugar, realmente com um preço muito abaixo do que foi no ano passado neste setor. É a principal justificativa. É o segundo setor mais caro de cadeiras que temos, perdendo apenas para o Brahma Oeste (espelhado)”, destacou.

No primeiro lote dessas novas cativas, o pagamento à vista é de R$ 24 mil, o que transforma o ticket médio no Brahma Leste em R$ 71 por jogo, considerando 35 apresentações do Galo como mandante na temporada. Também é possível dividir em até 84 vezes de R$ 405,00. Nesse caso, o torcedor pagará, em média, R$ 100,00 no ingresso.

Na temporada passada, o preço médio do ticket avulso para o Galo Na Veia Forte e Vingador (maior desconto de ingresso do GNV) no Brahma Leste (livre) foi de R$ 129 em todo o ano. Para se ter uma ideia, contra o River Plate, na semifinal da Libertadores, o ticket médio bateu R$ 209.

“Isso não exclui a Massa atleticana. Estamos cada vez dando oportunidades para toda torcida ter a experiência na Arena, como nos setores das organizadas, no Inter Leste, nos três níveis. Agora com o gramado sintético, vamos melhorar a experiência do torcedor, de estar mais próximo do clima do jogo, e não estamos fazendo nenhuma exclusão de ingressos, tirando os mais baratos. Vamos manter todas as oportunidades”, foi além o superintendente.

Elitizando o estádio?

Perguntado sobre a opinião de alguns torcedores, que falam de “elitização” da Arena MRV, João Gomide disse:

“Estamos abaixando bastante o preço por jogo, com esta oportunidade do Brahma Leste, até para repetir o sucesso com a primeira venda. Em momento algum estamos elitizando. É importante lembrar que no futebol precisamos garantir uma arrecadação, não só pelo modelo de SAF, mas sempre foi assim. A bilheteria hoje é uma receita muito importante, para mantermos esta consistência do Galo, com grandes elencos e times, suprindo as expectativas dos torcedores, brigando por grandes títulos. De novo, sem prejudicar ninguém e nenhum nível da torcida, e acho que estamos fazendo bem”.

Henrique André é repórter multimídia e setorista do Atlético na Itatiaia. Acumula passagens por Uol Esporte, Jornal Hoje em Dia e outros veículos. Participou da cobertura de grandes eventos, como Copas do Mundo (2014-18), Olimpíada (2016-2021) e Mundial de Clubes (2025).