Gustavo Caputo, advogado do
“Nos pareceu exagerada a punição de seis jogos, ainda que três deles com torcida parcial. Eu sinceramente entendo que uma punição no máximo de três jogos estaria de bom tamanho, até por razão de precedentes do próprio tribunal em outras situações”, disse à Itatiaia pouco após o final do julgamento.
A decisão da 5ª Comissão Disciplinar do STJD cabe recurso. Segundo apurou a reportagem, a tendência é que o clube entre com a apelação para tentar diminuir a pena.
O Atlético foi punido, de forma unânime, com multa de R$ 198 mil. A perda de mando de campo de seis jogos foi convertida em partidas com portões fechados, sem a necessidade de ser distante da cidade-sede do clube.
O Tribunal determinou que três dessas partidas fossem realizadas com portões fechados. Como dois jogos (Botafogo e Juventude) já foram realizados, mais um jogo seria realizado sem a presença total de torcida.
Nos outros três jogos, haverá a possibilidade da presença de torcida, com restrições. Mulheres, idosos, crianças e adolescentes até 16 anos, e pessoas com deficiência poderão assistir aos jogos.
Ainda sim, Gustavo Caputo avaliou a sentença como pior do que estava nos planos do Atlético.
“O resultado foi pior do que a gente imaginou, infelizmente. Esperávamos uma condenação, os fatos são graves, foram objetos de muita divulgação. Há um clamor por que esses fatos não aconteçam”, avaliou Caputo.
Novo julgamento
O Atlético voltará à pauta do STJD nesta quinta-feira (28). o Pleno do STJD vai deliberar sobre manter ou não a interdição do estádio,
Se a decisão for por liberar a Arena MRV, o Atlético poderá utilizar o estádio nos quatro jogos que ainda terá que pagar as penas. Um deles com portões fechados e os outros três com a presença dos grupos permitidos na medida educativa.
“Amanhã estamos tratando de uma medida cautelar, provisória. O presidente, atendendo pedido da Procuradoria, entendeu razoável interditar liminarmente a Arena MRV. E o fez dizendo que a interdição deveria durar até que o Atlético trouxesse um novo plano, vamos dizer assim, da Arena. O plano já foi apresentado, está nas mãos do presidente”, disse.
“Como o processo normal, desportivo, começa na comssião e sobe para o Pleno se houver recurso. Agora, já havendo uma condenação defintiva por parte da comissão, o que cabe é se o clube ou a Procuradoria assim entender, fazer o recurso, para que o Pleno possa confirmar ou reformar a decisão da comissão”, finalizou.