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CEO do Atlético reconhece problema de acústica na Arena MRV e aponta soluções

Bruno Muzzi assumiu responsabilidade com relação ao assunto, apontou problemas e fez comparativos com outros estádios

CEO do Atlético, Bruno Muzzi reconheceu problema de acústica na Arena MRV

A acústica da Arena MRV não é uma questão nova para torcedores e membros da direção do Atlético. Alvo de muitas críticas, o assunto foi abordado pelo CEO do clube, Bruno Muzzi, que reconheceu a responsabilidade pelo problema em entrevista coletiva nesta terça-feira (11), no próprio estádio.

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“Eu estava aqui desde o primeiro momento de construção da Arena. Naquele momento, tínhamos duas opções. Atender as questões do licenciamento ou não levar a obra à frente. Atendemos a questão do licenciamento”, começou Muzzi.

O executivo do Atlético reconheceu que “existe um problema” e que o estádio “não tem pegado fogo” como esperado. Muzzi disse que os problemas na acústica são claros desde o ano passado, e desde dezembro, começou um planejamento “para saber quais caminho seriam adotados”.

“É um acúmulo de situações. Queria citar três pontos. Temos uma questão de uniformidade de canto, que é todo mundo cantar ao mesmo tempo. Temos uma questão que estamos tentando fazer essa coordenação do canto. Temos trabalhado para tentar unificar a torcida, para que elas fiquem em um setor único. Estamos trabalhando e isso está começando a acontecer. Tem uma questão de coordenação”, detalhou o CEO atleticano.

Comparativo com outros estádios e solução de momento

Bruno Muzzi ainda comparou a situação da Arena MRV com outros estádios, como La Bombonera e o Monumental de Nuñez, ambos em Buenos Aires-ARG e que não têm cobertura. Na avaliação dele, os dois palcos do futebol argentino são tidos como caldeirões “porque a cobertura [da Arena MRV] absorve um pouco mais”.

“Estamos usando um sistema que se chama voice lift, que já é usado em estádios mais modernos. Os estádios antigos eram de concreto. Esse sistema é uma captação sonora que faz com que o som captado seja distribuído ao entorno do estádio nos mesmos tempos para poder ter essa uniformidade. Quando isso acontece, existe essa coordenação”, explicou o executivo.

Muzzi destacou que o sistema “não é um microfone”, mas uma forma de “fazer a distribuição com o tempo adequado para que haja essa coordenação” dos cantos da torcida.

“Hoje, o que acontece é que quem está no norte não ouve quem está no sul. Então a gente faz essa coordenação. Começamos isso no jogo contra o Flamengo e acho que houve uma percepção de melhoria. Tivemos 105 decibéis quando a torcida cantou junto. O Maracanã tem esse sistema, o estádio do Atlhletico-PR tem esse sistema”, completou.

Muzzi explicou, ainda, que o Atlético já faz um “estudo físico”, em que foi contratado um especialista para avaliação da acústica na Arena MRV. O CEO afirmou que esse estudo deve ficar pronto em 2024, para que seja implementado em 2025.


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Jornalista formado na PUC Minas. Experiência com reportagens, apresentação e edição de texto em televisão, rádio e web. Vivência em editorias de Cidades e Esportes.
Hugo Lobão é repórter multimídia do portal Itatiaia Esporte. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, passou por Hoje Em Dia, Record e Globo Esporte. Amante de esportes olímpicos.
Henrique André é repórter multimídia e setorista do Atlético na Itatiaia. Acumula passagens por Uol Esporte, Jornal Hoje em Dia e outros veículos. Participou da cobertura de grandes eventos, como Copas do Mundo (2014-18) e Olimpíada (2016-2021).
Repórter setorista do Atlético, na Radio Itatiaia.