A acústica da Arena MRV não é uma questão nova para torcedores e membros da direção do
“Eu estava aqui desde o primeiro momento de construção da Arena. Naquele momento, tínhamos duas opções. Atender as questões do licenciamento ou não levar a obra à frente. Atendemos a questão do licenciamento”, começou Muzzi.
O executivo do Atlético reconheceu que “existe um problema” e que o estádio “não tem pegado fogo” como esperado. Muzzi disse que os problemas na acústica são claros desde o ano passado, e desde dezembro, começou um planejamento “para saber quais caminho seriam adotados”.
“É um acúmulo de situações. Queria citar três pontos. Temos uma questão de uniformidade de canto, que é todo mundo cantar ao mesmo tempo. Temos uma questão que estamos tentando fazer essa coordenação do canto. Temos trabalhado para tentar unificar a torcida, para que elas fiquem em um setor único. Estamos trabalhando e isso está começando a acontecer. Tem uma questão de coordenação”, detalhou o CEO atleticano.
Comparativo com outros estádios e solução de momento
Bruno Muzzi ainda comparou a situação da Arena MRV com outros estádios, como La Bombonera e o Monumental de Nuñez, ambos em Buenos Aires-ARG e que não têm cobertura. Na avaliação dele, os dois palcos do futebol argentino são tidos como caldeirões “porque a cobertura [da Arena MRV] absorve um pouco mais”.
“Estamos usando um sistema que se chama voice lift, que já é usado em estádios mais modernos. Os estádios antigos eram de concreto. Esse sistema é uma captação sonora que faz com que o som captado seja distribuído ao entorno do estádio nos mesmos tempos para poder ter essa uniformidade. Quando isso acontece, existe essa coordenação”, explicou o executivo.
Muzzi destacou que o sistema “não é um microfone”, mas uma forma de “fazer a distribuição com o tempo adequado para que haja essa coordenação” dos cantos da torcida.
“Hoje, o que acontece é que quem está no norte não ouve quem está no sul. Então a gente faz essa coordenação. Começamos isso no jogo contra o Flamengo e acho que houve uma percepção de melhoria. Tivemos 105 decibéis quando a torcida cantou junto. O Maracanã tem esse sistema, o estádio do Atlhletico-PR tem esse sistema”, completou.
Muzzi explicou, ainda, que o Atlético já faz um “estudo físico”, em que foi contratado um especialista para avaliação da acústica na Arena MRV. O CEO afirmou que esse estudo deve ficar pronto em 2024, para que seja implementado em 2025.