O Atlético fará parte da Libra. Outrora ao lado da Liga Forte Futebol (LFF), o clube mudou a rota e fechou acordo com o grupo que tem como investidora a Mubadala, um dos principais fundos de investimentos de Abu Dhabi.
Durante as conversas, a cúpula atleticana pediu tempo e ouviu a proposta da Libra. Fontes do clube confirmaram à Itatiaia a assinatura com o outro bloco.
Neste cenário, o Alvinegro deve receber quase R$ 100 milhões por 12,5% dos direitos, de forma imediata. Este montante cairá na conta assim que trâmites burocráticos forem finalizados, como a assinatura de todos os clubes, por exemplo.
“Por decisão do órgão colegiado, o Galo decidiu aderir à Libra (Liga do Futebol Brasileiro), por entender que essa mudança representará, no longo prazo, maiores benefícios financeiros e institucionais para o Clube.
O Atlético sempre lutou por maior equidade e equilíbrio entre os times do futebol brasileiro e seguirá, na Libra, defendendo firmemente suas posições.
O Clube reconhece todo o trabalho e seriedade da LFF (Liga Forte Futebol) e de seus integrantes, e acredita que, com diálogo e respeito, possa haver a união desses dois blocos no futuro, constituindo-se um bloco único.
Isso possibilitará que o futebol brasileiro tenha, finalmente, representatividade fora de campo à altura da história que construiu dentro das quatro linhas, e que o tornou um dos mais atrativos produtos esportivos do mundo”.
Libra
A Libra, formada por 15 clubes, defende um período de transição da seguinte forma: 40% das receitas igualitárias, 30% por performance e 30% por engajamento. Depois do período de cinco anos, os percentuais ficariam: 45% de maneira igualitária, 30% por performance e 25% por engajamento.
Liga Forte Futebol do Brasil
A LFF atualmente é formada por 25 clubes: ABC, Athletico-PR, Atlético, América, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sport, Vila Nova e Tombense.
Esse bloco propõe que a diferença máxima entre o clube que mais recebe e o que menos recebe seja de 3,5x desde o princípio, sem um período de transição. No modelo final, essa diferença seria de 1,4x. Os blocos de repasse seriam os mesmos da Libra:
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45% da arrecadação dividia igualmente;
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30% conforme a performance da equipe;
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25% baseado em audiência.
Na simulação de divisões da LFF, o Flamengo (1º faturamento) faturaria R$ 225,46 milhões, enquanto o América (20º faturamento) receberia R$ 116,03 milhões – considerando os times da Série A – o que corresponde a 1,4x menos.
A longo prazo, a ideia da LFF é se aproximar de ligas já estabelecidas e mais igualitárias, sempre citando a Premier League. Isso porque o futebol inglês, desde a unificação em uma liga no começo dos anos 1990, trabalha com menor distanciamento entre as arrecadações – a proporção atual está em 1,5x.
Como é a divisão de times por blocos
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Libra: Atlético, Bahia,
Corinthians , Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória. -
LFF: ABC, Athletico, América, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás,
Internacional , Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Vila Nova e Tombense.