“Gostei de trabalhar no Brasil, mas foi muito desgastante”. Foi com estas palavras que Antonio Mohamed, ex-técnico do Atlético, descartou retornar ao país, pelo menos num futuro breve, para nova oportunidade, em outro clube.
Em entrevista à ESPN, da Argentina, a primeira desde a demissão no alvinegro, Turco destacou que o rompimento do vínculo foi injusto e que não via motivo para tal. Apesar disso, deixou claro que fez amigos na Cidade do Galo e que foi muito bem tratado.
"É um clube de primeiro nível, como os mexicanos e os europeus. Respeito a decisão, mas vejo que tudo foi muito gerado pelas redes sociais, porque queriam outro técnico, queriam a volta do Cuca. Sempre que tínhamos um mau resultado, a culpa era nossa (comissão) e nunca se analisa o rendimento dos jogadores”, disse. Ele fez 45 jogos, venceu 27, empatou 13 e perdeu apenas cinco.
“Foi tudo muito rápido. Chegamos em 13 de janeiro e em 18 já estávamos jogando. Estávamos indo bem, mas nas últimas três partidas fomos muito mal, por vários motivos. Escolheram o Cuca porque viam que ele poderia se sair melhor contra o Palmeiras, pela grande disputa entre os dois (Brasileiro e Libertadores); as vezes as decisões dão certo, mas não neste caso. Depois que fomos eliminados pelo Flamengo (Copa do Brasil), que nos atropelou, o clima ficou hostil.”
Plantel diferente
Ainda de acordo com Antonio Mohamed, o elenco atleticano foi enfraquecido em relação ao de 2021. As saídas de Diego Costa, Tchê Tchê, Dylan e Alan Franco foram citadas por ele.
“Venderam muitos jogadores. A ‘segunda linha’ (opções de banco) da equipe ficou muito defasada. Além disso, Vargas, Zaracho e Keno ficaram um bom tempo fora por lesão. Contra o Emelec, precisamos acionar garotos. Agora, o clube se reforçou e teve a volta destes atletas; assim, sem dúvidas, vai começar a andar”, finalizou.