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PF apreende lote de pedras preciosas da empresa de Willian Bigode

Scarpa move processo na justiça contra ex-companheiro no valor de R$ 6,3 milhões

Jogadores foram companheiros no Palmeiras

A Polícia Federal realizou, nessa quinta-feira (27), no Acre, a apreensão de um lote de pedras preciosas da Xland Gestora de Investimentos e da WLJC Consultoria Empresarial - empresa de Willian Bigode. As pedras preciosas, avaliadas em cerca de 500 milhões de dólares (cerca de R$ 2,3 bi), podem ser usadas como garantia para que Gustavo Scarpa receba o valor solicitado em Justiça.

As pedras estavam em posse de uma empresa chamada Sekuro Private Box. Scarpa tenta reaver R$ 6,3 milhões do aporte financeiro da XLand, que teria “sumido” com o dinheiro do meia. A informação foi divulgada pelo UOL e confirmada pela Itatiaia.

A determinação judicial havia bloqueado o pacote com cerca de 20 quilos de alexandrita. A defesa de Willian Bigode pediu informações sobre os motivos da apreensão. Ainda não está certo qual será a próxima ação da Justiça.

O bloqueio foi determinado pela Justiça de São Paulo em março. A Xland, apesar de avaliar as pedras em pouco mais de R$ 2,3 bi, pagou cerca de R$ 6 mil pelos 20 quilos de alexandritas. Será necessária uma perícia para avaliar o real valor das pedras preciosas.

O caso

Os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke entraram na Justiça após perderem cerca de R$ 10,3 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJC, que tem o atacante Willian Bigode, do Athletico-PR e na época do Palmeiras, como um dos sócios. Os três jogaram juntos no Palmeiras entre 2018 e 2021.

O investimento foi feito para a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da Soluções Tecnologia Eireli. Era prometido um retorno de 3,5% a 5% ao mês.

Scarpa, atualmente no Nottingham Forest, da Inglaterra, investiu R$ 6,3 milhões na empresa do amigo. Como não obtinha retorno e resultados, o meio-campista solicitou a rescisão contratual com a Xland Holding Ltda. Nessa época, Scarpa foi informado de que teria o dinheiro de volta num prazo de 30 dias úteis e que o pagamento do valor investido seria reembolsado. Nada disso, no entanto, ocorreu. Um novo prazo foi estipulado, mas novamente o dinheiro não foi devolvido ao jogador.

O lateral-direito Mayke, que ainda joga no Palmeiras, viveu situação parecida. O atleta fez um investimento de R$ 4 milhões na Xland Holding. Pelo mesmo motivo, ele também solicitou o resgate da rentabilidade em outubro do ano passado, quando a empresa de Willian Bigode se comprometeu a realizar o pagamento em até dez dias úteis. O valor não foi devolvido até hoje.

Os jogadores conseguiram na Justiça o bloqueio e arresto de bens móveis, imóveis e pecúnia dos réus. Trata-se de Jean do Carmo Ribeiro e Gabriel de Souza Nascimento (Xland Holding Ltda); Willian Gomes de Siqueira (Willian Bigode), Loisy Marla Coelho Pires Siqueira e Camila Moreira de Biasi (WLJC Gestão Financeira); e Jucimar Gomes (Soluções Tecnologia LTDA), todos envolvidos com a formação da empresa.

Leonardo Parrela é repórter multimídia na área de esportes na Itatiaia. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com Globo Esporte, UOL Esporte e Hoje Em Dia, onde cobriu Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.