Ouvindo...

Richarlison disputa mansão em ilha de Angra dos Reis com advogado; entenda

Jogador e advogado travam briga na Justiça desde 2022; decisão deve favorecer o craque da Seleção Brasileira

Richarlison disputa mansão em ilha de Angra dos Reis com advogado de Brasília

O imbróglio entre o atacante do Tottenham Richarlison, seu sócio e o advogado Willer Tomaz em relação a uma mansão na Ilha Comprida, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, tem um novo capítulo. Uma decisão da 2ª Vara Cível da Comarca da cidade pode fazer com que o craque tenha de volta a posse do local, perdida em 2022. As informações são do portal Metrópoles.

A ilha foi comprada pela Sport 70, empresa de Richarlison, em 2020. No entanto, o advogado de Brasília conseguiu, em 2022, uma liminar para ter a posse do imóvel, que vale cerca de R$10 milhões.

Já em 2023, uma decisão assinada pelo juiz Ivan Pereira Mirancos Júnior, de Angra dos Reis, acaba com as brechas que fizeram com que Tomaz conseguisse a posse da mansão. No início do processo, a empresa M Locadora pedia a reintegração de posse da propriedade contra a Sport 70 e a Yta Consultoria Mercadológica e Industrial, mostrando um registro de direito de uso da ilha desde 1990. A decisão, no entanto, julga como extinta a ação.

A decisão do processo, que tramita no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é do dia 8 de maio. Agora, cabe ao gabinete do desembargador Adriano Celso Guimarães, relator do caso, decidir sobre a perda de objeto e se a mansão voltará à empresa de Richarlison e de um outro sócio não identificado, que tem 25% do imóvel.

Entenda o caso

Segundo informações do colunista do Metrópoles Guilherme Amado, Willer Tomaz tentava comprar o imóvel desde 2020, quando Flávio Bolsonaro, aliado dele, visitou o local e se encantou. À época, o então dono da posse do terreno, o empresário Antônio Marcos Pereira Silva, tinha realizado a venda ao atacante do Tottenham.

A mansão é considerada uma das mais exuberantes da Ilha Comprida, tem uma cachoeira ao lado e é situada em frente a uma praia privativa. O imóvel existe há décadas e já pertenceu à cantora Clara Nunes, até a sua morte, em 1983.

Três anos depois, Paulo César Pinheiro, viúvo de Clara, decidiu vender a mansão à empresa citada no processo, a M Locadora. Em 2011, após passar por mais dois donos, o imóvel foi comprado por Antônio Marcos, que o vendeu para Richarlison em 2020.

Já em 2021, Antônio Marcos recebeu um telefonema informando que Flávio Bolsonaro estava em frente à mansão acompanhado de Willer Tomaz, ao qual foi apresentado logo depois. Os dois visitaram o local de lancha, mas não chegaram a entrar na casa, já que foram até lá sem o convite dos donos, que já eram Richarlison e o empresário dele.

Liminar

A liminar conquistada por Tomaz, em 2022, transferiu a posse para ele alegando que Maria Alice Menna, viúva de um dos antigos donos da M Locadora, teria transferido sua parte para outro sócio, Donato Galvez, que teria vendido o imóvel para Willer.

Menna, no entanto, recorreu à Justiça alegando que foi enganada para assinar o documento e pediu a anulação do processo. Um laudo que indica fraude na assinatura de Maria Alice foi adicionado à ação. A viúva teria até mesmo registrado um boletim de ocorrência contra Donato, segundo informações do colunista Guilherme Amado.

O processo segue em tramitação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.