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Copa do Mundo Feminina: relatório mostra recordes e arrecadação bilionária

Competição vencida pela Seleção Espanhola movimentou 570 milhões de dólares (cerca de R$ 2,7 bilhões)

A Copa do Mundo Feminina de 2023, disputada na Austrália e na Nova Zelândia, registrou números expressivos e quebrou grandes recordes. De acordo, com relatório divulgado pela Fifa, a competição vencida pela Seleção Espanhola arrecadou 570 milhões de dólares (cerca de R$ 2,7 bilhões).

Além disso, o Mundial deste ano quebrou o recorde de público total e somou 1.978.274 torcedores nos estádios, com média de 30.911 espectadores por partida. O marco de maior número de gols também foi superado. Anteriormente, a melhor estatística pertencia à Copa da França (2019) que registrou 146 tentos, mas, na última edição, foram 164 gols marcados.

"É a maior história de sucesso deste torneio até agora. As nações emergentes estão a mostrar que podem competir a este nível e as diferenças em relação às equipas de topo estão a diminuir”, afirmou Jill Ellis, líder do Grupo de Estudos Técnicos da FIFA.

Engajamento

Na Copa do Mundo Feminina de 2023, os números de tráfego digital superaram o de todo o torneio de 2019 em apenas 14 dias. Somente na fase de grupos, foram 22 milhões de utilizadores únicos nas plataformas sociais e digitais da FIFA, com o número total de visualizações superior a 3 bilhões.

Copa Feminina no Brasil?

O Governo Federal entregou, no último dia 4 de novembro, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Fifa, a Declaração Governamental assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro do Esporte, André Fufuca, que oficializa a intenção do Brasil de sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027.

Acompanham a declaração sete garantias governamentais exigidas pela federação internacional para os países que se candidatam a receber o Mundial. Os documentos foram entregues pelo ministro André Fufuca diretamente aos presidentes da CBF, Ednaldo Rodrigues, e da Fifa, Gianni Infantino, no Rio de Janeiro.

As garantias para a Copa Feminina, assinadas por diversos ministérios, abrangem as seguintes áreas:

  • Procedimentos de vistos, licenças, imigração e check-in;

  • Permissões de trabalho e lei trabalhista;

  • Isenções fiscais e compromissos cambiais;

  • Segurança e proteção;

  • Proteção e exploração dos direitos de competição;

  • Tecnologia da informação;

  • Renúncia, indenização e outras questões legais.

Os documentos entregues à CBF e à Fifa são fruto de um Grupo de Trabalho Interministerial, coordenado pelo Ministério do Esporte, e composto por 23 ministérios. A CBF participou do GT na qualidade de convidada permanente. A expectativa é que a federação internacional anuncie o país que irá sediar a Copa em maio de 2024.

A candidatura brasileira à sede da Copa do Mundo Feminina faz parte da atual política do governo de incentivo à participação cada vez maior das mulheres no futebol. O Ministério do Esporte lidera a Estratégia Nacional para o a modalidade feminina, com diversas ações que demonstram o comprometimento do governo com o fomento do protagonismo das mulheres no esporte e em todas as áreas.

Jornalista em formação na UFMG. Apaixonado por futebol e esportes em geral.
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