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CBF define premiação a jogadoras da Seleção na Copa feminina; veja valores

Confederação repassará valor integral que receber pela campanha, a depender da colocação; Fifa pagará prêmio extra

Kerolin e Ary Borges comemoram gol da Seleção Brasileira na vitória sobre o Panamã

A direção da CBF definiu que todo o valor que a Fifa enviar à entidade pela campanha da Seleção Brasileira na Copa do Mundo Feminina de 2023 será repassada como premiação a jogadoras, funcionários e integrantes da comissão técnica. Nessa quantia não entra o que a federação internacional pagará diretamente a cada atleta, uma novidade desta edição do torneio.

Caso o Brasil seja campeão, somando o que a CBF depositará, mais o que a Fifa enviará separadamente, cada jogadora pode receber cerca de R$ 1,7 milhão em premiação. Ainda bem abaixo do que os homens ganhariam se levantassem a taça na Copa do Catar, em 2022: US$ 1 milhão (R$ 4,7 milhões) cada.

A Copa começou em 20 de julho e vai até 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia. O Brasil estreou nesta segunda-feira (24), pelo Grupo F, e venceu o Panamá por 4 a 0, três gols de Ary Borges e outro de Bia Zaneratto - o próximo jogo será no sábado (29), contra a França, às 7h (de Brasília). A Jamaica completa a chave.

A Fifa pagará à confederação campeão da Copa US$ 4,29 milhões (R$ 20 milhões). Se o Brasil levantar o troféu, o que seria inédito, toda essa quantia será divida entre atletas e demais membros da delegação que estão na Oceania (e alguns que ficaram no Brasil).

A porcentagem que cada departamento receberá vai depender da colocação final da equipe, já que a CBF repassará o que receber, a depender de até onde o Brasil chegar. Os valores que a Fifa repassará por fase são:

  • Fase de grupos - US$ 1,56 milhão (R$ 7,3 mi)

  • Oitavas de final - US$ 1,87 milhão (R$ 8,8 mi)

  • Quartas de final - US$ 2,18 milhões (R$ 10,3 mi)

  • 4º lugar - US$ 2,45 milhões (R$ 11,5 mi)

  • 3º lugar - US$ 2,61 milhões (R$ 12,3 mi)

  • Vice-campeã - US$ 3,01 milhões (R$ 14,4 mi)

  • Campeã - US$ 4,29 milhões (R$ 20 mi)

O acordo é nos mesmo moldes que a confederação fez com os jogadores da Seleção masculina para a Copa do Catar, no fim do ano passado. O grupo, incluindo funcionários e comissão técnica, repartiram o integral que a Fifa pagou pelas quartas de final, US$ 17 milhões (R$ 80 milhões). Se o título chegasse a quantia a dividir seria de US$ 42 milhões (R$ 198 milhões) - a premiação masculina ainda é muito maior do que a feminina.

No caso da CBF, a situação melhorou porque, ainda na gestão anterior à de Ednaldo Rodrigues, na de Rogério Caboclo, foi decidido que as mulheres teriam porcentagens de premiações igual aos homens - a diferença fica ainda porque o dinheiro repassado no feminino é bem inferior do que no masculino. Ednaldo, desde a Copa América de 2022, na Colômbia, decidiu repassar ao grupo integralmente premiação que a confederação recebe pela campanha.

Premiação exclusiva via Fifa

A entidade dará uma premiação para todas as jogadoras inscritas na Copa - elas receberão, no mínimo, US$ 30 mil (R$ 142 mil).

Esse valor será destinado para aquelas de seleções eliminadas já na primeira fase. As atletas das 16 seleções que avançarem às oitavas de final receberão US$ 60 mil (R$ 284 mil), chegando até a US$ 270 mil (R$ 1,27 milhão) para as campeãs.

Segundo o presidente da Fifa, Gianni Infantino, o salário médio anual de uma jogadora de futebol profissional é de US$ 14 mil (R$ 66 mil).

“Os valores alcançados sob esse novo modelo de distribuição sem precedentes terão um impacto real e significativo nas vidas e carreiras dessas jogadoras”, disse Infantino.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.