Enviados especiais a Doha - As lesões de Neymar e Danilo afetaram o clima da Seleção Brasileira, pois os dois estão fora do restante da fase de grupos e ainda é incerta a participação deles na reta final da competição, o que vai depender da sequência do Brasil e da evolução dos dois, que têm problemas em tornozelos distintos, pois o camisa 10 lesionou o direito, e o camisa 2, o esquerdo. Uma maneira de amenizar um pouco a situação foi a abertura da atividade no Grand Hamad Stadium nesta sexta-feira (25) para familiares de jogadores e integrantes da comissão técnica daquele que vem se transformando numa espécie de “Colégio Tite”.
Em 2002, na conquista do penta, na Coreia do Sul e Japão, o grupo comandado por Felipão ficou conhecido como “Família Scolari”. Naquele momento era fundamental o fechamento do grupo por toda a pressão que era exercida sobre ele, com as CPIs da CBF/Nike e do Futebol, além da pressão pela não convocação de Romário, que vivia grande momento defendendo o Vasco.
Ao contrário dessa equipe montada por Tite, a de Luiz Felipe Scolari era muito experiente e consagrada, com jogadores do peso de Cafu, Roque Júnior, Roberto Carlos, Rivaldo e Ronaldo.
Agora, Neymar é praticamente uma estrela solitária, acompanhada por dois veteranos, que são Diego Alves e Thiago Silva, e rodeada de garotos de grande potencial, alguns até mesmo de superar a trajetória do camisa 10, como Vinícius Júnior, por exemplo, e que vivem na Copa do Catar a primeira experiência no torneio.
Treino aberto
Dentro dessa filosofia de “Colégio Tite”, seus comandados, o próprio treinador e integrantes da sua comissão técnica tiveram nesta sexta-feira (25) um dia mais leve. E após a atividade que contou apenas com reservas, sendo Vinícius Júnior o único titular a correr em volta do campo, o gramado do Grand Hamad Stadium virou um autêntico playground.
Os filhos de jogadores e netos de Tite invadiram o campo, literalmente, e o clima leve era evidente, mesmo para quem observava à distância, da tribuna do estádio.
E o contato entre atletas e comissão técnica com familiares não para por aí. Um jantar acontece no hotel em que a Seleção está concentrada em Doha, que é exclusivo da delegação brasileira.
Ao contrário do que foi permitido por Tite em 2018, na Rússia, familiares não puderam se hospedar lá. Isso não significa que o contato aqui no Catar não existirá, mas ele será mais restrito.
E a primeira vez que ele aconteceu, nesta sexta-feira, serviu para melhorar o clima no dia seguinte de uma estreia com grande atuação, mas que teve também as preocupantes lesões de Neymar e Danilo.