O mineiro Eduardo Ribeiro Moreira, o Dudu, foi um dos destaques da tarde desta quarta-feira do Grande Prêmio Brasil de Atletismo, que faz parte do Continental Tour, série bronze, da World Athletics, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, em São Paulo.
Dudu correu pela terceira vez os 800m na casa dos 1min45s, o que lhe deixou muito feliz. O atleta ganhou a prova nesta quarta-feira (10) com 1min45s80, depois de fazer 1min45s10 no último dia 7, no Torneio Internacional de Bragança (líder do Ranking Mundial de 2023), e 1min45s32, na Copa Brasil de Fundo e Meio Fundo, em março, também em Bragança.
“Estou feliz por liderar o Ranking, ainda mais porque já teve Liga Diamante e o pessoal correu para 1min46. Eu corri três provas este ano e as três na casa do 1min45. Isso mostra que estou no caminho certo, que posso brigar com os melhores do mundo”, comentou o mineiro de 22 anos. “Tenho condições de correr com os caras lá fora, onde a prova é forte e com gente da frente, puxando forte. Posso melhorar os meus tempos na Europa”.
Nos 3.000m com obstáculos, Tatiane Raquel da Silva venceu com boa vantagem, com 9min42s15. Simone Ponte Ferraz completou a distância em 9min54s55, num duelo que reuniu as duas representantes do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2021 e no Mundial do Oregon de 2022. A argentina Carolina Lozano ficou em terceiro lugar, com 10min18s09.
Nos 100m, a prova mais rápida do atletismo, duas vitórias indiscutíveis de brasileiros. Vitória Rosa, vice-campeã dos 200m pela manhã, venceu a competição da tarde, com 11s32 (0.2).
Lorraine Barbosa Martins, campeã dos 200m pela manhã, ficou em segundo lugar, com 11s45. A equatoriana Angela Tenório, ex-recordista sul-americana da especialidade, ficou na terceira colocação, com 11s53.
Nos 100m masculino, o catarinense Rodrigo Nascimento venceu com 10s18 (-0.5), terceira melhor marca do ranking brasileiro de 2023, atrás somente de Felipe Bardi (10s07) e de Erik Cardoso (10s14). Ele igualou a marca de Paulo André Camilo, que fez também 10s18, no Desafio CBAt/CPB.
No salto em distância, a mato-grossense Lissandra Maysa Campos obteve a segunda vitória internacional – Bragança e São Paulo. Ela conseguiu 6,47 m (-0.3) e comemorou o resultado. “Não consegui repetir os 6,69 m, mas vi onde posso melhorar. Volto agora para Cuiabá e quero aferir de novo minhas marcações para saltar cada vez mais longe”, afirmou a atleta de 21 anos. “Preciso acertar detalhes com a Maria Aparecida Souza Lima, minha treinadora”.
Em Bragança, Lissandra bateu o recorde brasileiro e sul-americano sub-23. Outro destaque da competição foi Lucas da Silva Carvalho, que venceu a tarde os 400m, depois de ganhar pela manhã os 200m. “Minha marca dos 400m (45.83) foi a melhor do ano. Esperava essa marca há algum tempo porque estava treinando para isso”, lembrou. “Vou seguir trabalhando”.
O venezuelano Kelvis José Padrino Villazana , campeão no domingo em Bragança, ficou na segunda colocação, com 45.98, enquanto o brasileiro Douglas Hernandes Mendes da Silva comemorou o terceiro lugar, com 46.48.
Pedro Henrique Rodrigues bate recorde brasileiro do dardo
O atleta Pedro Henrique Nunes Rodrigues venceu o lançamento do dardo no Grande Prêmio Brasil Atletismo, quebrando um recorde brasileiro que já durava quase oito anos com a marca de 83,89mm. A melhor marca até então pertencia a Júlio César de Miranda, com 83,67 m (de 11/7/2015).
Pedro Henrique, de 22 anos, disse que agora vai focar no índice para o Mundial de Budapeste, na Hungria, de 19 a 27 de agosto. A marca mínima fixada pela World Athletics como índice para o dardo é 85,20m. "É uma marca forte, mas a minha meta era bater o recorde e saiu. Agora o foco está no índice”.
“Foi um trabalho muito grande, eu esperava a marca, ela não saiu na competição passada, o Torneio Internacional, no domingo, mas saiu hoje. Esta foi a minha primeira semana de competições, com os dois GPs”, disse Pedro Henrique lembrando que ele e Luiz Maurício Dias da Silva quebraram a barreira dos 80 metros em 2022. “Foi a virada de chave para nós. Se os atletas de fora lançam acima de 80 os brasileiros também podem”, concluiu.
*Com Agência