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Streaming no Brasil: atores e cineastas brasileiros defendem a regulamentação das plataformas digitais

Manifesto pede investimentos obrigatórios em produções nacionais e maior presença de conteúdo brasileiro

A regulamentação das plataformas de streaming foi tema de destaque no Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito (Cinesur), em Mato Grosso do Sul. Durante a cerimônia de abertura, ocorrida na sexta-feira (26), atores e cineastas brasileiros reforçaram o pedido por regras que garantam mais espaço e investimento nas produções nacionais.

O movimento ganhou força com o lançamento do Manifesto por uma Regulamentação do Streaming à Altura do Brasil, assinado por milhares de profissionais do setor audiovisual. O documento defende que plataformas como Netflix, Prime Video e outras sejam obrigadas a investir pelo menos 12% da receita bruta gerada no país no próprio mercado brasileiro.

Segundo a proposta, 70% desse valor iriam para o Fundo Setorial do Audiovisual, por meio da Condecine (um tributo voltado ao setor), e os outros 30% seriam usados diretamente na produção de obras nacionais independentes, via licenciamento.

A regulamentação vem sendo discutida pelo Ministério da Cultura. A proposta em análise prevê ainda que pelo menos 10% do catálogo das plataformas seja composto por conteúdo brasileiro. Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, esse é um passo importante para a valorização da cultura nacional: “ Essa não é apenas uma pauta econômica ou técnica; é uma afirmação de soberania cultural”, afirmou.

Entre os apoiadores do manifesto estão nomes como Matheus Nachtergaele, Lúcia Murat, Joel Zito Araújo, Paulo Betti, Malu Mader e Marcos Palmeira. O grupo defende que a medida pode fortalecer o audiovisual no Brasil, gerar empregos e criar oportunidades para artistas e produtores de todo o país.

* Com informações da Agência Brasil
* Sob supervisão de Lucas Borges

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Izabella Gomes é estagiária na Itatiaia, atuando no setor de Jornalismo Digital, com foco na editoria de Cidades. Atualmente, é graduanda em Jornalismo pela PUC Minas