O show de
A produtora Urban Movement, responsável pelo show do rapper no Brasil, emitiu uma nota explicando como deve acontecer o reembolso e os motivos do cancelamento, além de apontar a possibilidade de uma nova data. “A autorização de uso do Autódromo de Interlagos foi revogada, unilateralmente, pela administração pública”, justifica o comunicado.
A nota ainda diz que o show foi cancelado por motivos políticos e destaca que a produtora não concorda com a decisão da Prefeitura de São Paulo. “Ficou claro nas últimas semanas que o ambiente e as vontades políticas não permitiriam a realização do espetáculo neste município, não nos restando outra alternativa. Respeitamos muito os poderes constituídos, mas não concordamos com essa atitude, uma vez que um show dessa magnitude proporciona acesso à cultura, ao entretenimento e fomenta a economia da cidade”.
Para quem já havia comprado ingressos, é possível reaver o valor ou usar a entrada para um possível futuro show. “Para aqueles que desejarem aguardar uma nova data, os ingressos já adquiridos seguirão válidos automaticamente. (...) Em até 24 horas, todos os clientes receberão por e-mail e/ou WhatsApp cadastrados no ato da compra as instruções detalhadas sobre a política de reembolso”.
Sobre a nova data, o comunicado diz que a produtora busca encontrar “uma cidade que proporcione abertura para o espetáculo respeitando e valorizando o público e a cultura urbana”.
Leia o comunicado na íntegra:
Ministério Público abre inquérito contra Kanye
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP)
Entre as preocupações citadas na portaria, está a canção “Heil Hitler”, do álbum “HALLELUJAH”, que inclui trechos de um discurso de Adolf Hitler, e o uso de símbolos nazistas em produtos da marca Yeezy, criada por Kanye. Na portaria, o MP ressalta que a liberdade de expressão “não é absoluta” e que manifestações que promovam discriminação contra judeus configuram crime e violação de direitos humanos. O inquérito busca evitar que o show se torne palco para “discurso de ódio e glorificação do nazismo”.