Marília Gabriela e o filho, Theodoro Cochrane, foram os convidados do Encontro com Patrícia Poeta desta quinta-feira (17). Entre os temas abordados pela dupla, surgiu uma questão sobre a saúde mental do ator.
Theodoro detalhou como é a convivência com a ciclotimia, um transtorno raro de oscilação de humor. “A gente passa pelos processos do distúrbio psicológico de maneiras nem sempre definidas ou definitivas. No caso, tive um fator estressor externo, como a gente costuma falar”, iniciou.
“Eu havia acabado de perder o meu pai, estava desempregado. Então, acabava justificando, de alguma forma, aquela disfunção ou inconstância de humor”, continuou.
Em seguida, o ator, de 46 anos, falou sobre a relação com a mãe. “Ela (
Theodoro e Marília Gabriela
“E as pessoas falavam: ‘Não, é o jeito do Theodoro. Ele é uma pessoa diferente. É um artista. Difícil’. Só que é mais difícil para a gente, porque a ressaca moral que a gente fica e física mesmo, do desgaste que a gente tem causado pelo mau humor ou pela agressão, quando você acaba de fazer uma grosseria, na hora, já vem a cobrança interna”, narrou.
Tratamento
“Ao receber o diagnóstico de ciclotimia, a minha vida mudou. No meu caso, o conjunto do remédio com a terapia ajudou e minha vida melhorou, a vida das pessoas ao meu redor melhorou bastante”, concluiu.
O que é a ciclotimia?
A ciclotimia é um transtorno do humor que se caracteriza por oscilações persistentes entre sintomas leves de depressão e de euforia leve, que duram pelo menos 2 anos em adultos (1 ano em jovens). Essas mudanças de humor são menos intensas que no transtorno bipolar, mas ainda podem afetar o dia a dia.
O tratamento é realizado com psicoterapia, às vezes medicação, e mudanças no estilo de vida.