Dentro do BBB 24, Davi entrou com o objetivo de garantir o prêmio milionário e realizar o sonho de ter acesso a uma faculdade de medicina. Agora, ele deixou o programa com os R$ 2.920.000 e uma bolsa para fazer o curso que tanto desejou. Depois de quase dois meses, o baiano revelou que já tem data para voltar aos estudos.
Questionado por um seguidor sobre como ele estava depois de ser campeão do BBB 24, Davi respondeu: “Estou feliz, bem, graças a Deus. Estou procurando aproveitar as oportunidades para poder estruturar logo minha vida nesse início.”
Ele, então, revelou que no primeiro semestre de 2025 começa a estudar. “Para o ano, logo no início, depois que eu começar a estabilizar minha vida, iniciar minha faculdade. Está tudo certo para começar a faculdade no início do ano que vem, quando começa o semestre”, disse.
Davi pode ser preso?
Davi admitiu ter usado parte do dinheiro das doações destinadas ao Rio Grande do Sul para se deslocar até o estado. No meio do mês de maio, o ex-motorista de aplicativo faturou quase R$ 3 milhões no programa, viajou até Canoas para ajudar afetados pelas enchentes. A declaração gerou a revolta de muitas pessoas que acusam o baiano de crime. Afinal, o que diz a lei sobre doações? A reportagem da Itatiaia conversou com o advogado criminalista Luan Veloso essas questões.
Tudo começou após a publicação da reportagem do O Globo no domingo (26). “Inicialmente, pedi Pix para as pessoas porque realmente ainda não tinha condições financeiras de ir para o Rio Grande do Sul com os meus próprios meios. Mas consegui uma boa arrecadação. Consegui ajudar muitas pessoas, fornecendo alimentação, água mineral e outros suprimentos necessários para que não passassem fome ou necessidade. Distribuí colchões, alimentação, água mineral. Fizemos compras para ajudar as bases e unidades de saúde que estavam precisando. É algo que eu gosto de fazer. É amar ao próximo como a nós mesmos. E foi isso que me incentivou. Eu ajudei em tudo: trabalhando, cozinhando, entrando em barcos para salvar vidas, distribuindo mercadorias”, disse.
O advogado explicou que a forma correta de doação é prevista na lei brasileira. “A pessoa que faz a arrecadação de doações tem a obrigação de dar a devida destinação dessas doações. E o uso indevido dessas arrecadações pode caracterizar, sim, o crime de estelionato, que prevê uma pena de um a cinco anos de prisão”, disse.
A prestação de contas das doações tem que ser feita por meio público, ou seja, o administrador dessas doações tem a obrigação de dar publicidade à sua prestação de contas. “Isso significa demonstrar de forma concreta o quantitativo do valor arrecadado e a sua devida destinação devido ao propósito”, acrescentou o especialista.
Depois de diversas críticas, o ex-motorista de aplicativo usou seu perfil no Instagram para “prestar contas” do que foi arrecado para vítimas. Ele apresentou algumas notas e um orçamento no valor de R$ 93.498,00. Porém, nesta terça-feira (28), a publicação não estava mais disponível nas redes sociais dele.