Nascida em São Luís, no Maranhão, Alcione Dias Nazareth — carinhosamente conhecida como “Marrom” ou “Loba” — tem mais de cinco décadas de carreira, e, junto de outros artistas, renovou o samba, seu gênero de origem, para se tornar um símbolo de força, elegância e emoção. Antes de ingressar na música, ela trabalhou como professora primária e trompetista.
Filha do mestre de banda, João Carlos Dias Nazareth, e Filipa Teles Rodrigues, a cantora mudou-se para o Rio de Janeiro no início dos anos 70, onde rapidamente se estabeleceu nos palcos da noite carioca.
Os holofotes ganharam força com o lançamento de seu primeiro disco e, em especial, com o sucesso estrondoso de “Não Deixe o Samba Morrer”, de 1975. A canção não apenas a deu o título de estrela, mas também se tornou um hino atemporal, ouvido e cantado até hoje.
Ao longo das décadas de 80 e 90, Alcione inovou seu repertório com faixas que misturavam o samba tradicional com toques da canção romântica. Entre seus maiores sucessos estão “Meu Ébano”, “Gostoso Veneno”, a inesquecível “Estranha Loucura” e o sucesso do pagode romântico “Você Me Vira a Cabeça” e “A Loba”.
Com mais de 40 álbuns e um número marcante de prêmios, a “Loba” se mantém como uma referência cultural que influencia novas gerações e é reconhecida por sua atuação social. Sua voz inconfundível, seu carisma no palco e o legado de sambas que embalaram o Brasil garantem a Alcione um lugar eterno no panteão da música brasileira.
