Maria Lúcia Godoy deixou um legado na música brasileira. A cantora, nascida em 2 de setembro de 1924, teve sua voz comparada a um pássaro em voo, pelo poeta Ferreira Gullar, e descrita como “ouro que não se destrói”, por Carlos Drummond de Andrade.
Mineira, do município de Mesquita, Maria Lúcia faleceu, em Belo Horizonte, na última quinta-feira (15), vítima de sepse. Ela era uma das maiores vozes brasileiras do canto lírico.
Carreira
Formada em Letras, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), iniciou seus estudos musicais no Rio de Janeiro. Posteriormente, se aperfeiçoou na Alemanha, após ganhar uma bolsa de estudos.
Ela venceu vários concursos e chegou a ser a solista principal do Madrigal Renascentista, tradicional coro profissional de Belo Horizonte. Consagrou-se como cantora e solista sinfônica, realizando recitais em grandes metrópoles do Brasil e do mundo.
Maria Lúcia Godoy
Além disso, Maria Lúcia se consolidou como uma da maiores intérpretes de Heitor Villa-Lobos, com ênfase em obras como as Bachianas Brasileiras n.º 5. Sua discografia, de 20 álbuns, inclui o Acalantos, lançado em 2012.
Reconhecida como uma embaixadora da música erudita brasileira, Maria Lúcia recebeu honrarias em vida. Ela recebeu a medalha Grã-Cruz da Inconfidência, pelo governo de Minas Gerais, a Medalha de Honra da UFMG, em 2002, e o título de Doutora Honoris Causa pela mesma instituição, em 2016.
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