Os argumentos de abertura do julgamento contra o
Doze membros e seis suplentes do júri foram escolhidos nesta segunda-feira. Durante o processo de seleção, os promotores descartaram sete candidatos negros, o que levou a equipe da defesa do rapper a alegar parcialidade. Os jurados foram selecionados para lidar de forma imparcial com os depoimentos de artistas de hip-hop, profissionais do sexo e pessoas envolvidas no consumo e na distribuição de drogas.
É esperado que o julgamento dure dois meses, e os membros do júri deverão permanecer anônimos, mas não estarão isolados. Assim, terão que se responsabilizar por manter-se longe do que é divulgado na imprensa nas redes sociais sobre o caso, que tem grande repercussão midiática.
Diddy, vencedor de um prêmio Grammy, foi durante décadas uma das figuras mais poderosas da música. Com cabelo grisalho, já que não pode tingi-lo na prisão onde aguarda o julgamento desde setembro, ele teve a companhia, no Tribunal Federal do Distrito de NY em Manhattan, de sua mãe Janice e vários de seus filhos, incluindo as gêmeas de 17 anos.
O artista, autorizado pelo juiz a vestir roupas civis durante o julgamento, vestia uma camisa branca sob um moletom bege, calças cáqui e óculos com armações pretas. Se for considerado culpado, Diddy, também conhecido como Puff Daddy e P Diddy, pode ser condenado a passar o resto de sua vida na prisão.
Enquanto os promotores alegam que ele organizava orgias e forçava relações sexuais sob efeito de drogas, seus advogados afirmam que as festas eram totalmente consensuais e faziam parte do estilo de vida boêmio de Combs.
Vídeo comprometedor
Um vídeo de 2016 gravado por uma câmara de segurança de um hotel mostra P. Diddy agredindo fisicamente a cantora Cassandra “Cassie” Ventura, com quem teve uma relação, e é testemunha-chave no julgamento. O artista foi objeto durante anos de acusações de agressão física, que remontam até o início da década de 1990.
A qualidade das imagens, publicadas em primeira mão pela CNN, foi um tema de fricção entre a defesa e a acusação. O juiz Arun Subramanian determinou que se mostrem no processo partes do arquivo, embora não se saiba quais. (Com AFP)