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Mingau, do Ultraje à Rigor, tem evolução no quadro de saúde após cranioplastia

Hospital onde o baixista está internado deu detalhes sobre o estado de saúde dele nesta quarta-feira (24)

Mingau, baixista do ‘Ultraje a Rigor’, foi baleado no Rio em setembro do ano passado

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  • O baixista do “Ultraje a Rigor”, Mingau, foi baleado na comunidade Ilha das Cobras em Paraty, no Rio de Janeiro, no dia 2 de setembro, e levado em estado gravíssimo para o Hospital Hugo Miranda. Porém, no dia seguinte, ele foi transferido de helicóptero para o Hospital São Luiz do Itaim, da Rede D’Or, em São Paulo.
  • O músico estava em uma picape que foi atingida por vários disparos. Até o momento, quatro dos cinco suspeitos foram detidos.
  • Desde a sua internação, Mingau passou por três cirurgias. No dia 8 de janeiro, ele havia recebido alta médica após quatro meses internado.
  • Nas próximas semanas, ele passará por uma cirurgia de cranioplastia e, em seguida, irá para um centro de reabilitação

Rinaldo Amaral, conhecido como Mingau, tem apresentado uma boa evolução clínica após passar pelo procedimento de cranioplastia. As informações foram confirmadas pela assessoria do Hospital São Luiz, da rede D’or, onde o artista está internado.

“O Hospital São Luiz- unidade Itaim, da Rede D’Or, informa que o paciente Rinaldo Oliveira Amaral (Mingau) segue internado, com quadro estável e boa evolução clínica após realização do procedimento de cranioplastia”, informa nota.

O artista passou pela cirurgia no dia 13 de julho. O procedimento faz parte de várias intervenções feitas para a reconstrução da calota craniana. À Itatiaia, o neurocirurgião do grupo Oncoclínicas Dr. Baltazar Leão explicou que, na cirurgia, é utilizado o osso do próprio paciente ou materiais sintéticos.

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Quais os riscos da operação?

A cranioplastia foi definida pelo neurocirurgião Baltazar Leão como uma operação de “baixa complexidade”, apesar de precisar de alguns cuidados específicos. “Há um risco de infecção, principalmente em caso de prótese não-biológica. Quando a gente utiliza essas próteses, precisamos pensar que ali não tem vascularização, o antibiótico não chega lá por veias e artérias”, destacou o médico.

“A cranioplastia ajuda muito na recuperação do paciente, porque ela devolve aquele sistema de pressão adequada dentro do crânio”, acrescentou. “Para o cérebro, tem mais benefícios do que riscos, mas é um procedimento cirúrgico. Um detalhe que a gente sempre fica preocupado quanto à chance de infecção”, destacou sobre a cirurgia.

O também neurocirurgião Sérgio Cancado afirmou que a colocação de prótese craniana apresenta riscos “assim como qualquer procedimento cirúrgico” e, entre eles, destacou a possibilidade de sangramento, infecção e até de complicações tardias. “Não fazer também traz riscos, mais chances de machucar o cérebro”, complementou o médico que atua no Hospital Felício Rocho.


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Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento