Mauricio de Souza, criador da Turma da Mônica, prestou uma das mais aguardadas homenagens ao também cartunista
O relato de Mauricio era um dos mais esperados pelos admiradores da dupla. Com um "álbum de memórias” ao lado de Ziraldo, o paulista de 88 anos exibiu momentos que dividiu com o escritor mineiro.
“Que tristeza! Não tenho palavras. Perdi mais que um grande amigo. Perdi um irmão. Das letras, dos traços e da vida! Mas ele estará sempre aqui em meu coração. E nos corações de milhões de brasileiros maluquinhos, de todas as idades, que seguirão apaixonados por sua obra. Viva, Ziraldo”, escreveu Mauricio.
Artistas lamentam morte de Ziraldo
A apresentadora Ana Maria Braga, de 75 anos, postou uma mensagem no X, antigo Twitter, lamentando a
“Hoje perdemos Ziraldo. Mas o céu ganhou uma estrela. Uma estrela levada, sonhadora e brincalhona, digna do nosso Menino Maluquinho. Vai em paz, Ziraldo. Meus sentimentos aos familiares”, escreveu a global.
O quadrinista André Dahmer recordou que Ziraldo foi quem o ajudou a ingressar no desenho profissionalmente.
"[Ziraldo] também escreveu prefácio do meu primeiro livro. Dono de desenho monumental, foi um dos maiores artistas gráficos de todos os tempos. Descanse em paz”, postou.
O ator Matheus Nachtergaele escreveu: “Não sei dizer adeus a ele. Meus sentimentos à família e ao Brasil”.
O diretor Walcyr Carrasco, o jornalista Afonso Borges e
Morte
O cartunista Ziraldo Alves Pinto, de 91 anos, morreu neste sábado (6). O escritor estava em seu apartamento, no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro, quando veio a óbito.
Ziraldo nasceu em Caratinga, no Vale do Rio Doce, no dia 24 de outubro de 1932.
O mineiro atuava como cartunista desde o início da década de 1950. Paralelamente à carreira artística, se graduou em Direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1957.
Além de “O Menino Maluquinho”, que, de livro, foi transformado em livro e série televisiva, o desenhista se notabilizou, por exemplo, pela revista em quadrinhos “A Turma do Pererê”, que também ganhou adaptação audiovisual.
O primeiro livro do mineiro, “Flicts”, foi lançado em 1969. A obra conta a história de Flicts, um tom do bege que se sente isolado por não conseguir se encaixar nas cores do arco-íris.
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro (RJ) expõe, atualmente, a mostra interativa “Mundo Zira”, que conta a trajetória artística do cartunista.
Com informações de Guilherme Peixoto