Engraçado, companheiro e criativo. É assim que Kátia Medeiro, de 40 anos, descreve o irmão,
O promissor youtuber, que acumulava quase 2 milhões de seguidores na rede social, sumiu na noite de Natal e foi achado enterrado em uma cova rasa. O amigo, de 28,
“Ele era engraçado, companheiro e criativo. Fazia vídeos com o objetivo de divertir as pessoas e se mantinha com isso. Não usava a sua fama para passar por cima de ninguém e atendia aos fãs que encontrava”, comenta Kátia.
Ela recorda que viu o irmão pela última vez na véspera de Natal, por volta das 17h. Naquele dia, ele foi para a casa de amigos e não voltou mais. “Ele não retornou para casa após a noite de Natal. Mesmo com todas as buscas, inicialmente sem pistas”, explica.
A família chegou a divulgar o desaparecimento de Henrique nas redes sociais, mas sem êxito. Segundo ela, o que levou a polícia até o suspeito foi a curiosidade de um vizinho.
“Um amigo foi olhar dentro das janelas da casa onde ele passou o Natal. Na última janela, ele sentiu a terra fofa, enfiou uma madeira e já sentiu o mal cheiro, cavou por volta de três palmos de largura para confirmar que era. Então nos chamou (as irmãs) e ligamos para a polícia”, conta. Para tentar despistar a polícia, pés de milho foram plantados no local.
Kátia diz que não tinha motivos para desconfiar do “amigo” do irmão. “Não, eles sempre foram bons amigos (ou melhor, meu irmão era um bom amigo)”, comenta.
Mais pistas
Henrique foi enterrado nesse domingo (31), dia em que o casal suspeito da morte dele foi preso preventivamente.
Após o enterro, Kátia e outras pessoas seguiram para a casa do amigo do youtuber e lá encontraram no armário uma sacola com os chinelos, carteira sem o RG e capinha do celular, que eram do irmão. Na mesma sacola, havia ainda um colar e um punhal, que, segundo ela, não pertenciam a ele.
“Minha irmã mais nova então foi levar na delegacia e, ao chegar lá, viu o casal [suspeito] aguardando. Quando perguntaram o que ela queria, ela respondeu que encontraram os pertences na casa e apontou para o casal assassino do meu irmão”, conta.
Ao questionar o motivo deles estarem na recepção, uma pessoa “disse que eles estavam lá para esclarecimentos”. Pouco depois, a prisão preventiva foi decretada pela Polícia Civil de São Paulo.