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BBB 23: Fred Nicácio chora na ‘Casa do Reencontro’ ao lembrar episódio de racismo

Fred Nicácio disse que ficou triste ao acordar ao lado dos seus ‘agressores’ na ‘Casa do Reencontro’

Ao acordar nesta quarta-feira (22), Fred Nicácio lembrou que estava na “Casa do Reencontro” - ao lado de pessoas chamadas por ele de “agressores” - e começou a chorar no banheiro. "É muito doloroso estar no mesmo ambiente que seus agressores. E eles estão rindo como se nada tivesse acontecido. É a certeza da impunidade da branquitude”, pontuou o médico.

“Parece um pesadelo esse lugar. Eu acordei não acreditando que eu estava aqui dentro... Essas pessoas fizeram mal pra mim num nível muito grande. Parece um pesadelo você abrir o olho e ter que ouvir as vozes de algumas pessoas. Olhe pra essas pessoas. É para além... É muito gatilho, muito gatilho. É muita dor num mesmo lugar, sabe? Não tá tudo certo! Não tá! Não é um pedido de desculpas que vai melhorar as coisas”, acrescentou.

O público notou que Fred - conhecido por ser eufórico e expansivo - estava mais contido na casa. Nesta madrugada, ele explicou o motivo em conversa com Larissa e Tina. Primeiro, a educadora física, que deixou a casa na semana passada, contou que não conseguiu digerir tudo que ouviu sobre ela no reality.

Fred a aconselha: “Você não tem que digerir uma coisa que não consegue ainda. [...] Não se cobre estar num estado de espírito que as pessoas estão, as pessoas tiveram mais tempo pra processar do que você. [...] Cada um sabe onde dói, onde aperta o calo. Eu vivi violências inimagináveis aqui dentro.”

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“Fiquei sabendo, mas não vi o vídeo. E nem quis ver”, comentou. “E nem queira ver. Racismo!”, afirmou. Ao saber da história, Larissa fica espantada. Fred acrescenta: “Racismo, de todos os jeitos! De três pessoas que estão aqui dentro. Eu sou obrigado a rir? Eu fui violentado!”.

Já em conversa com Tina, Nicácio fez um contraponto sobre a sister e Bruna Griphao. “Eu sei respeitar o espaço do outro, mas é impressionante a capacidade que o outro tem de não respeitar o meu dizer. Não é possível que a minha cara não diga nada. Tem que ser grosseiro e falar tipo: ‘cala a boca que eu eu não quero te ouvir?’... Aí eu sou o homem preto agressivo, aí eu sou o homem violento.”

“E eu sou a mulher [violenta]”, disse a sister. “Pensa você tendo a metade das atitudes que a Bruna tem... Metade! Falando metade do que ela fala, agindo metade de como ela age, como seria a leitura sobre você? Se apenas por dizer ‘não’ na hora que não quer e dizer ‘para’ na hora que quer parar, já é lida como grossa. Imagina?”, questiona o médico.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.
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