O candidato ao Governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD) criticou a negociação do Governo de Minas para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Em debate na Globo, na quinta-feira (28), o ex-prefeito de BH disse que, com o regime, a promessa do governador Romeu Zema (Novo) de terminar as obras dos hospitais regionais no interior do Estado não poderia ser cumprida.
“Zema prometeu terminar onze hospitais e não cumpriu. Agora, promete novamente. No Regime de Recuperação Fiscal, que ele impôs ao Estado, é proibido o acréscimo de funcionários. Como colocar hospitais para funcionar se não podemos contratar médicos, enfermeiros e atendentes?”, questionou à candidata Lorene Figueiredo (PSOL).
O governador Romeu Zema lembrou do crescimento da dívida de Minas no governo Pimentel (PT) e como isso estrangulou as contas do Estado, prejudicando programas e o pagamento do funcionalismo. Ao equalizar a dívida, nos últimos quatro anos, Zema afirmou que conseguiu ampliar repasses para programas sociais e de combate à miséria, e que os prefeitos reconhecem os repasses do Governo do Estado para os municípios após a interrupção no governo Pimentel.
“Estamos também pagando pelo passado, os prefeitos sabem (…). Esse pessoal aqui que fala que é social, é só discurso, só lorota. Pagar que é bom, mandar para quem precisa, não pagam”, afirmou Zema.
Como exemplo, Zema se dirigiu a Kalil e citou o piso de assistência social, que voltou a ser pago.
“Durante o governo do PT, que o senhor representa, o piso mineiro de assistência social deixou de ser pago. Pergunte para os 852 prefeitos. O senhor talvez não tenha sido informado disso”.
Em uma pergunta com confronto direto, Zema encerrou a resposta acusando Kalil de mentir: “este candidato é, talvez, um dos maiores mentirosos que nós temos”.
Em uma dobradinha com Kalil, Lorene disse que o Regime de Recuperação Fiscal é parte do planejamento da gestão de Zema para sucatear e privatizar a saúde.
“O término dos hospitais regionais é parte de um projeto de privatização. Então, ele pode até prometer, porque ele vai aprovar o regime de recuperação fiscal e não vai resolver o problema da dívida. É teto de gasto, gente. É impedir de ter contratação, de ter concurso”, afirmou.