Mesmo com o candidato Padre Kelmon Luís à presidência pelo PTB, o pastor Altamiro Alves disse, na manhã deste sábado (24), que é mais próximo a Jair Bolsonaro (PL). Além disso, ele criticou o apoio do atual presidente ao concorrente Cleitinho Azevedo (PSC), que acompanhou a visita de Bolsonaro em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, nessa sexta-feira (23).
“O presidente Jair Bolsonaro foi enganado. Ele não conhece muitos políticos mineiros e essa pessoa está aproveitando da situação, mas já votou a favor de tantas leis contra a família. Agora, ele diz que se arrependeu e pede desculpas. O arrependimento é diferente do remorso”.
Experiência na política
O Pastor Altamiro Alves, fundador da Igreja Internacional Despertar da Fé, disputa uma eleição pela primeira vez, mas se considera preparado para o cargo, tradicionalmente ocupado por ex-presidentes, ex-governadores e ex-prefeitos.
“A gente está sempre preparando para preparar, mas eu me sinto capacitado para fazer o que um senador precisa fazer no seu cargo. Até porque eu já trabalho com pessoas há mais de 40 anos no meu pastorado. Tenho trabalhado com libertação de drogados, na restauração de casamentos, com pessoas destruídas querendo se matar, com bandido de alta periculosidade e hoje estão no seio da sociedade”, disse.
Alianças
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro de candidatura de Roberto Jefferson (PTB) a presidente da República. Após decisão que barrou a candidatura, a Executiva Nacional do PTB anunciou que o atual candidato do partido a vice-presidente, Padre Kelmon Luís, irá substituir o ex-parlamentar.
Nas redes sociais, o candidato prega o combate à corrupção. “O Roberto Jefferson não foi condenado por causa do ‘mensalão’. O ‘mensalão’, na verdade, foi uma atitude corajosa e valente de Roberto Jefferson que desbaratou uma quadrilha que estava saqueando o Brasil. Foi através do ‘mensalão’ que veio a Lava-Jato. Como ele mesmo disse, foi um erro e ele quer pagar. Ele está pagando por ele e que seja feita a verdadeira justiça e não uma perseguição”, defendeu.
O candidato ao Senado declara apoio ao presidente Jair Bolsonaro para uma possível reeleição. Questionando, o pastor respondeu: “a política independe de credo religioso tanto é que tem pastor e tem padre. Isso aconteceu também porque foi impugnado à Roberto ser o candidato, mas eu fico bem confortável nessa situação porque pelo fato de eu estar na política, eu vejo que o clamor de Minas Gerais é o clamor do Brasil”, respondeu.
Religião e política
O candidato ainda foi questionado sobre a atuação de pastores junto ao Ministério da Educação e que levou à demissão do Ministro Milton Ribeiro. “No meio dos seres humanos, qualquer entidade, em qualquer local da sociedade tem os bons e os maus. Tem aqueles que procuram ser corretos e aqueles que não. Então, aquele que fez alguma coisa errada seja padre, pastor, polícia, ministro ou presidente, tem que pagar pelo seu erro”, disse.
Problema nas estradas
Caso eleito Senador, o pastor disse que vai defender pautas para melhorias nas estradas de Minas Gerais como, por exemplo, a BR 381. “Tenho visitado o estado de Minas Gerais, tenho visto a precariedade das estradas, inclusive, a gente vê candidatos que já tiveram a oportunidade de consertar e fazer com que essas estradas estivessem muito melhor. No entanto, não fizeram. Eu quero me debruçar em cima disso. Os caminhoneiros, todas as pessoas que estão trafegando pelas estradas de Minas Gerais estão sofrendo muito e vamos lutar para que tudo isso.
O Jornal da Itatiaia encerrou neste sábado (24) a série de entrevistas com candidatos ao Senado. A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Júnior Moreira, Fernanda Viegas e Lucas Ragazzi. Durante a semana, recebemos aqui Cleitinho Azevedo, Marcelo Aro, Alexandre Silveira, Bruno Miranda e Sara Azevedo.
Assista a entrevista na íntegra: