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Vasco busca reunião de emergência com representantes da SAF

Clube entende que sócios majoritários do clube estão muito distantes e querem soluções para a realidade atual

Executivos da 777 Partners em São Januário

Parece que mesmo tendo virado SAF, o Vasco segue convivendo com os mesmos problemas de antigamente. Além de sofrer com atrasos nos pagamentos, o clube também vive uma crise no futebol. E por isso, o presidente, Jorge Salgado, pediu reunião de caráter emergencial com a 777 Partners.

O documento, divulgado primeiramente pelo Jornal Extra, mostra a necessidade que o Vasco tem de conversar pessoalmente com a empresa detentora da maior fatia da SAF vascaína. O clube quer uma reunião no dia 21 de junho.

Recentemente, Josh Wander, CEO da 777, esteve no Rio de Janeiro, mas as reuniões foram mais direcionadas as questões do estádio de São Januário e do CT Moacyr Barbosa.

O medo da diretoria vascaína é a falta de poder de decisão. Na corda bamba por maus resultados, por exemplo, o técnico Maurício Barbieri só poderá ser demitido se a 777 aprovar. O problema pe que o contato está cada vez mais distante entre as partes.

No pedido, o mandatário do Vasco diz que situalção atual é alarmante e deseja explicações.

“Considerando a situação alarmante do time de futebol do Vasco no Campeonato Brasileiro e as dificuldades de pagar pontualmente algumas obrigações, nós, como representantes do CRVG, gostaríamos de convocar uma reunião emergencial do conselho, o mais rápido possível, antes da que está marcada para 21 de junho, para discutir alguns temas”, diz a tradução.

Entenda a crise

Além disso, o aporte financeiro feito no clube, acabou confundindo-se na hora de quitar os compromissos feitos. O Vasco deve parcelas das compras dos direitos econômicos de jogadores como Lucas Piton, Léo, Capasso, Jair e Pumita Rodríguez.

Os salários e diretos de imagem que chegharam a atrasar já foram acertados pela diretoria, com o dinheiro que era considerado de outro pote. Isto é, o clube dividia valores em “potes 1 e 2", que seriam um para dívidas trabalhistas e fiscais, e outro para o futebol.

Neste momento, o clube entendeu que não existe mais essa divisão e que precisa honrar seus compromissos antes que seja acionado na Fifa. Os agentes de Andrey Santos, por exemplo, já notificaram o clube querendo a comissão de cerca de R$ 12 milhões devida ao atleta.

Além disso, Salgado e cúpula de futebol querem saber quais rumos o Vasco vai tomar nessa janela de transferências. O diretor executivo de futebol, Paulo Bracks, por exemplo, não possui total autonomia para buscar reforços necessários.

Enquanto vive essa conturbada situação no futebol, o Vasco terá um clássico contra o Flamengo, pela Série A do Campeonato Brasileiro, na segunda-feira (5), no Maracanã, às 20h (de Brasília). O problema é, em caso de outro desempenho ruim, a diretoria já entendeu que a mudança no comando técnica se fará necessária.

Só que sem conversar com a 777 Partners, o clube se sente de mãos atadas para quaisquer decisão que envolva o futuro do futebol vascaíno.

Jornalista esportivo desde 2006 e com passagens por Lance!, Extra e assessorias de marketing esportivo. É correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Tem pós-graduação em Jornalismo Esportivo e formação em Análise de Desempenho voltado para mercado.