Clube dos mais saudáveis financeiramente no Brasil, o Fortaleza não tem pressa para aderir à moda da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Com orçamento recorde na temporada (R$ 208,6 milhões) e com o clube em crescimento ano a ano, o presidente Marcelo Paz não descarta a adesão. Entretanto, tem as próprias condições para tal.
Em entrevista à Itatiaia, o mandatário do Leão do Pici afirmou que, internamente, o assunto é debatido no clube. Porém, com um modelo diferente: o Fortaleza até estuda a possibilidade de se tornar uma SAF, mas desde que com siga como maioritário das ações do clube.
“A gente tem uma discussão interna sobre SAF. Entendemos que é uma possibilidade, porém o modelo que o Fortaleza discute é o modelo de venda minoritária. A gente não tem qualquer intenção neste momento de vender o controle do clube, de vender mais de 50% das ações”, afirmou.
Presente nas duas últimas edições da Copa Libertadores, o Fortaleza é atualmente o clube nordestino com os resultados mais expressivos na região. Desde o título da Série B em 2018, o clube alencarino já soma cinco participações seguidas na elite nacional -
Com uma receita bruta de R$ 208,6 milhões, o Leão do Pici passou a investir mais no carro-chefe do clube: o futebol. O gasto deu um salto de R$ 88,5 milhões, em 2022, para R$ 132,2 milhões neste ano.
Financeiramente tranquilo, Paz não quer se açodar na decisão relativa à SAF. “A gente estuda uma possibilidade de uma venda entre 10% e 15% das ações para capitalizar o clube, dar um fôlego, mas ainda mantendo o controle com a atual gestão”, garantiu.
A lei da Sociedade Anônima do Futebol foi aprovada pelo Congresso Nacional em 6 de agosto de 2021, por meio da Lei 14.193/2021. Desde então, uma série de equipes passaram a migrar de associação civil sem fins lucrativos para a empresarial. São os casos, por exemplo, de Cruzeiro, Atlético, Botafogo, Bahia, Cuiabá, Santos, entre outros.