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Presidente do Fortaleza explica condições para adesão à SAF

Marcelo Paz admite possibilidade, mas com um modelo diferente do que tem sido comum aos clubes brasileiros

Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, quer manter maioria das ações em caso de SAF

Clube dos mais saudáveis financeiramente no Brasil, o Fortaleza não tem pressa para aderir à moda da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Com orçamento recorde na temporada (R$ 208,6 milhões) e com o clube em crescimento ano a ano, o presidente Marcelo Paz não descarta a adesão. Entretanto, tem as próprias condições para tal.

Em entrevista à Itatiaia, o mandatário do Leão do Pici afirmou que, internamente, o assunto é debatido no clube. Porém, com um modelo diferente: o Fortaleza até estuda a possibilidade de se tornar uma SAF, mas desde que com siga como maioritário das ações do clube.

“A gente tem uma discussão interna sobre SAF. Entendemos que é uma possibilidade, porém o modelo que o Fortaleza discute é o modelo de venda minoritária. A gente não tem qualquer intenção neste momento de vender o controle do clube, de vender mais de 50% das ações”, afirmou.

Presente nas duas últimas edições da Copa Libertadores, o Fortaleza é atualmente o clube nordestino com os resultados mais expressivos na região. Desde o título da Série B em 2018, o clube alencarino já soma cinco participações seguidas na elite nacional - e pode alcançar a sexta consecutiva, um recorde no Nordeste desde o modelo de disputa por pontos corridos, em 2003.

Com uma receita bruta de R$ 208,6 milhões, o Leão do Pici passou a investir mais no carro-chefe do clube: o futebol. O gasto deu um salto de R$ 88,5 milhões, em 2022, para R$ 132,2 milhões neste ano.

Financeiramente tranquilo, Paz não quer se açodar na decisão relativa à SAF. “A gente estuda uma possibilidade de uma venda entre 10% e 15% das ações para capitalizar o clube, dar um fôlego, mas ainda mantendo o controle com a atual gestão”, garantiu.

A lei da Sociedade Anônima do Futebol foi aprovada pelo Congresso Nacional em 6 de agosto de 2021, por meio da Lei 14.193/2021. Desde então, uma série de equipes passaram a migrar de associação civil sem fins lucrativos para a empresarial. São os casos, por exemplo, de Cruzeiro, Atlético, Botafogo, Bahia, Cuiabá, Santos, entre outros.

Jornalista, natural do Recife, é atualmente correspondente do portal Itatiaia Esporte na região Nordeste. Com mais de uma década de experiência no jornalismo esportivo, tem passagens pela Folha de Pernambuco, Diario de Pernambuco, Superesportes e NE45. Em Portugal, trabalhou por O Jogo e Sport Magazine.