Tim Burton é um daqueles diretores que reconhecemos logo nos primeiros segundos do filme, pela força de seu estilo marcado pela excentricidade e um certo tom soturno, apegado a cores escuras. Nesta sexta (25), o cineasta norte-americano completa 65 anos como nome incontornável na história do cinema, e aproveitamos a data para relembrar alguns de seus clássicos na sétima arte.
“Beetlejuice – Os Fantasmas se Divertem” (1988)
O estilo inconfundível de Tim Burton conheceu o seu primeiro sucesso com o longa-metragem “Beetlejuice – Os Fantasmas se Divertem”, de 1988, demostrando o gosto pelo bizarro e por um certo universo gótico logo de cara, com a história de um fantasma picareta interpretado por Michael Keaton, que tem a companhia do casal recém-falecido formado por Alec Baldwin e Geena Davis.
Essa comédia ácida de tom mórbido conquistou o público e a crítica e levou o Oscar de melhor maquiagem em 1989, além de outras indicações. Para 2024, está prevista a continuação da história, com Jenna Ortega, protagonista da série “Wandinha”, no elenco.
“Batman” (1989)
O sucesso levou Tim Burton a ser convidado para dirigir o primeiro longa-metragem da saga “Batman”, no ano seguinte, em 1989. A história do homem-morcego nascido nos quadrinhos ganhou cores e vida através das personagens interpretadas por Michael Keaton e Jack Nicholson no papel de um histriônico Coringa.
Em 1992, Tim Burton dirigiu a continuação da saga, com “Batman: O Retorno”, em que Danny DeVito encarnava o vilão Pinguim, enquanto Michele Pfeifer interpretava a sedutora Mulher-Gato, com Michael Keaton novamente no papel principal.
“Edward Mãos de Tesoura” (1990)
Primeiro filme da histórica parceria entre Johnny Depp e o diretor Tim Burton, não é exagero dizer que “Edward Mãos de Tesoura” revelou o ator para o mundo. Nessa história surrealista e gótica, ao gosto de Burton, Johnny Depp dá vida a uma criatura que precisa conviver com uma estranha anomalia: suas mãos são feitas de tesoura.
A fábula tece comentários ácidos acerca do preconceito e se tornou um clássico da “Sessão da Tarde”. O filme chegou aos cinemas brasileiros em 1990, e deu início à longa contribuição entre Depp e Burton na sétima arte.
“O Estranho Mundo de Jack” (1993)
Outro clássico da trajetória de Tim Burton é a animação “O Estranho Mundo de Jack”, de 1993. Desta vez, o cineasta não assina a direção, que fica a cargo de Henry Selick, mas é responsável pela produção e, sobretudo, pelo roteiro.
O filme é um marco dos filmes do gênero, e deixa explícita na tela a presença do estilo e do universo de Burton que, ao contar uma fábula de Natal, coloca uma caveira como protagonista. O mundo subterrâneo que emerge na tela é incrível. Com a animação “A Noiva Cadáver”, de 2005, Tim Burton segue nessa trilha.
“A Fantástica Fábrica de Chocolate” (2005)
Décadas depois da famosa versão levada aos cinemas em 1971, com Gene Wilder no papel principal, coube a Johnny Depp reviver o exótico Willy Wonka na adaptação de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, que chegou aos cinemas em 2005.
O filme levou para toda uma nova geração a história do mestre-sala de uma fábrica, onde a pura delícia e o desejo poderão ter consequências nada agradáveis. O filme foi dirigido por Tim Burton e reafirmou a parceria com Johnny Depp, que prosseguiu nas animações sobre as fábulas da personagem Alice.
“Dumbo” (2019)
O diferente, o exótico, o excêntrico e o inusual sempre interessaram a Tim Burton, que faz do extraordinário a matéria de sua arte. Logo, não chega a ser surpreendente que o diretor tenha se interessado em filmar a história do elefante que tinha orelhas tão grandes que conseguia voar, além de ser alvo da chacota daqueles que professam o mundo da homogeneidade. “Dumbo”, clássico da Disney, ganhou uma versão de Burton em 2019, com Colin Farrell, Eva Green, Michael Keaton, Danny DeVito e Alan Arkin no elenco estrelado dessa produção.
