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Avião de Almir Sater pode estar sendo usado pelo tráfico de drogas na Bolívia; entenda

Aeronave foi uma das roubadas durante “arrastão” no aeroporto de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, em 2021

Cantor teve aeronave roubada em ‘arrastão’ em aeroporto do Mato Grosso do Sul

O avião do cantor e ator Almir Sater estaria na Bolívia e sendo usado pelo tráfico internacional de drogas. O Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) é quem investiga a informação. A aeronave é uma das três que foram levadas em um “arrastão” no aeroporto de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, em 2021.

A delegada que investiga o caso, Ana Cláudia Medina, relatou ao G1 que no fim de 2022 várias aeronaves foram apreendidas no aeroporto de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e que o avião do artista pode estar entre eles. Esses aviões eram usados para o “serviço do narcotráfico”.

Conforme a delegada, as características batem, em partes, com as roubadas em Aquidauana. “Nós fizemos todas as gestões para que pudéssemos ter acesso às aeronaves e periciá-las, pois estavam adulteradas”, afirmou.

Agora, a Polícia Civil espera autorização do governo boliviano para periciar os aviões e analisar se eles seriam os mesmos roubados no Mato Grosso do Sul. Até o momento, a instituição teve acesso apenas às fotos. A hipótese de o avião ter sido levado para a Bolívia já havia sido levantada.

A polícia também tem informações de que os aviões roubados foram alterados.

Relembre

As aeronaves foram roubadas na madrugada do dia 6 de setembro de 2021 no aeroporto de Aquidauana. Pelo menos 18 pessoas participaram da ação no local. À época, o vigia foi rendido, além de outros funcionários, e obrigado a abastecer as aeronaves.

Dos seis detidos pelo crime, um foi encontrado na Bolívia. Foram levados o avião do ex-prefeito de Aquidauana José Henrique Trindade; do pecuarista Zelito Alves Ribeiro e de seu sócio, Joel Jacques; e do cantor Almir Sater.

Os criminosos, que falavam em espanhol e outros em português, estavam “fortemente armados”.

Ao G1, Almir disse que usava o avião apenas para “as demandas das fazendas” que possui no Pantanal. “A aeronave atendia minha fazenda, não era para shows. Atendia nossa vida pantaneira”, disse na ocasião.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.