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Onda de calor: frutas e legumes estragam em menos de 24 horas em sacolões de BH

Estabelecimentos reúnem cerca de 10 caixas de produtos que estragaram de um dia para outro

Altas temperaturas têm afetado os alimentos expostos em sacolões

Os sacolões de Belo Horizonte estão perdendo produtos em um intervalo de 24 horas diante da onda de calor que atinge a cidade há uma semana. Funcionários relatam que os clientes estão levando para casa cada vez menos produtos que podem estragar rapidamente com as altas temperaturas.

Alguns estabelecimentos chegam a reunir mais de dez caixas cheias de frutas, verduras e legumes que estragam de um dia para o outro. No Sacolão ABC Estoril, na região Oeste da capital, o repositor de mercadorias Clécio Ricardo de Jesus já perdeu a conta dos produtos que teve que jogar fora nos últimos dias.

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“Tá muito pesado, estamos tendo muitas perdas. Batata doce, cenoura, jiló, pimentão, cebola praticamente derretendo. Os clientes precisam esperar até esse calor passar. Dá dó", afirma.

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O Gladson Neves trabalha fornecendo produtos de hortifruti para sacolões da capital. Ele já nota mudanças no mercado.

“A venda é exorbitante e o preço vai nas alturas, fica difícil pro consumidor. Por conta do calor, a validade dos produtos fica muito mais rápida”, relata.

Para os consumidores, a onda de calor tem dois lados. Frutas, verduras e legumes são boas opções para substituir pratos quentes. Mas, se comprar demais, o prejuízo é quase certo. Clientes alegam que as compras nos sacolões tem que ser cada vez menores para evitar a perda de alimentos.

Em outro sacolão da cidade, o dono preferiu não gravar entrevista, mas disse que depois de perder muita mercadoria nos primeiros dias da onda de calor, passou a comprar menos. Além disso, prioriza itens que demoram mais para estragar, como o melão e coco, que tem boas saídas em dias quentes.

Júlio Vieira é repórter da Itatiaia.