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Apostador que ficou fora do bolão de R$ 22 milhões cita decisão diferente com prêmio da Lotofácil

Bolão de PMs fatura prêmio milionário que Quina, mas morador fica fora e entra na Justiça

Apostador que ficou foram de prêmio da Quina cita decisão diferente na Lotofácil

A polêmica em torno do bolão de policiais militares que faturou R$ 22 milhões na Quina está entre os assuntos mais comentado em Passos, cidade do Sul de Minas com pouco mais de 114 mil habitantes. Isso porque um empresário que participava do grupo estava em débito, ficou fora do rateio e entrou na Justiça.

Em áudio que circula em grupos de Whatsapp, Robson Martins Rodrigues, 38 anos, lamenta a decisão do organizador do bolão, um capitão reformado, que o excluiu do rateio de 40 cotas e diz que a conduta foi diferente quando o grupo ganhou um prêmio menor na Lotofácil.

“Era combinado com eles. Eu sempre deposito de R$ 300, R$ 200 e vai abatendo. Eu tinha falado que ele podia me pôr na jogada todas as vezes. Sempre deposito mais e deixo o crédito em há ver. E nessa ele veio com essa. Tanto que sábado passado nós ganhamos na Lotofácil, mas foi um valor menor. Estava na mesma situação, estava negativo, mas ele considerou, por ser um (prêmio) de valor menor. E agora nesse (prêmio da Quina) ele não quer considerar?”, disse.

Outro lado

À Itatiaia, o capitão, organizador das apostas, explicou o que ocorreu. “Naquela data, ele participou de dois jogos, Lotofácil e Mega, que custaram R$ 160. Porém, lancei na ata aguardando o pagamento restante. O que não aconteceu. Assim, no próximo bolão, ele não entra na relação de participantes e é citado no final da página como inadimplente. Motivo que não lhe dá direito a receber o prêmio, como foi feito aos demais contemplados”, disse.

O militar reformado disse ainda que seria um prazer pagar o prêmio ao amigo, com quem dividiu moradia durante anos. No entanto, não foi possível pelo fato de ele não ter efetuado o pagamento da cota antes do sorteio. Ele ressalta que Robson já estava devendo o bolão anterior, da Mega-Sena.

O militar explicou, ainda, que o grupo tem 170 participantes, mas apenas 40 pagaram a cota de R$ 60 do bolão da Quina. ‘A regra é esta: lanço o bolão, mando a ata com quem pagou. Não faço bolão fiado. Se chegar 18h e não pagar, não entra”, garante. “Ele viu na ata que estava em débito, mas só se manifestou depois que fomos contemplados”, ressalta.

A Itatiaia teve acesso à ata. O nome de Robson aparece com saldo negativo, em vermelho. A ata ainda lista os nomes dos ganhadores, a maioria policiais militares.

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Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.