O homem de 37 anos
De acordo com a denúncia, o suspeito estaria incomodado com o cachorro entrando na casa dele. A esposa chegou para proteger o animal e, depois disso, o suspeito teria gritado: “eu vou te matar, demônio, vocês não me conhecem”. A sogra do suspeito e mãe da mulher foi até o local da discussão e disse que acionaria a Polícia Militar.
Nesse momento, o homem partiu pra cima da idosa e começou a agredi-la com chutes, socos, facadas e “o que via pela frente”, de acordo com a denúncia. A filha tentou proteger a mãe mas acabou sendo agredida também. Após a confusão, o suspeito ainda teria se automutilado antes de fugir, sendo encontrado horas depois por policiais em uma rua do bairro.
Testemunhas ouvidas durante o processo afirmam que o suspeito tem histórico de violência contra as duas mulheres e até mesmo contra o cachorrinho, que já teria sido agredido enquanto dormia. Além disso, a sogra alega que a filha e o acusado fazem uso de drogas.
Em sua defesa, o acusado afirma que flagrou a esposa trocando mensagens com o ex-companheiro, o que teria “exaltado os ânimos” dele. Ele ainda afirma que foi agredido primeiro pela sogra e que a mulher teria dado vários golpes de faca nele. Ele confirma que reagiu às agressões da esposa, mas não se lembra do que fez e nega que queria matar as duas vítimas. Ele diz que tinha um bom relacionamento com a esposa, mas acusa ela de inventar a história do cachorro para esconder o real motivo da briga, que teria sido causada pela droga.
O juiz Joaquim Morais Júnior decidiu que o acusado vai a júri popular pelos seguintes crimes:
Contra a sogra: tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe; contra mulher por razões do sexo feminino; em contexto de violência doméstica ou familiar; com presença de familiar; e contra vítima maior de 60 anos.
Contra a esposa: tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe; contra mulher por razões do sexo feminino; em contexto de violência doméstica ou familiar; e com presença de familiar
O suspeito segue preso desde outubro de 2022 e deve continuar assim até a Justiça proferir alguma decisão contrária. Ainda não há data confirmada para o julgamento do acusado.