O número de casos de Chikungunya em Belo Horizonte cresceu 7.572% em 2023, segundo dados divulgados pela prefeitura. Além dos 844 casos confirmados, a prefeitura ainda analisa 910 possíveis casos, que dependem de confirmação por exame.
Segundo o último Balanço da Dengue divulgado pela PBH na sexta-feira (28), foram registrados 844 casos da doença entre 1º de janeiro e 25 de abril deste ano. No mesmo período de 2022 (1º de janeiro a 28 de abril), foram 11 casos confirmados de Chikungunya. Uma diferença de 833 casos ou 7.572%.
“Em relação aos três anos anteriores, 2023 tem apresentado um aumento importante no número de casos. O destaque é a Chikungunya, que nesse ano teve um número de casos muito superior aos notificados em 2022”, comenta o diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica, Paulo Roberto Lopes Correa.
O que é Chikungunya?
A Chikungunya é uma arbovirose transmitida pela picada das fêmeas infectadas do mosquito do gênero Aedes, o mesmo que transmite a Dengue. O vírus Chikungunya chegou ao continente americano em 2013 após uma epidemia na América Central e Caribe. OS primeiros casos da doença no Brasil foram confirmados no segundo semestre de 2014.
Quais são os sintomas da Chikungunya?
O diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Belo Horizonte, Paulo Roberto Lopes Correa, explica que os sintomas da Chikungunya são muito parecidos com os da Dengue e começam, principalmente, com a febre alta.
“Pode ter dor no corpo, prostração, dor de cabeça e às vezes dor nas articulações, principalmente no caso da Chikungunya. Além disso, podem aparecer também manchas no corpo que levam a coceira.”
Como se proteger da Chikungunya?
Paulo Roberto Lopes Correa esclarece que a participação da população nas medidas de controle da doença é fundamental para o sucesso no combate à Chikungunya. O diretor ressalta como atitudes cotidianas podem impedir que o mosquito se multiplique.
“Evitem água parada, faça uma vistoria pelo menos uma vez por semana no seu quintal, dentro da sua casa, eliminando qualquer reservatório de água, porque esse é o local onde que o Aedes Aegypti que transmite essas doenças, faz a sua procriação e continua perpetuando a transmissão da doença no nosso meio.”