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Goleiro Bruno insiste em fazer teste de DNA na TV e quer voltar ao futebol

Ex-atleta do Flamengo e do Galo não paga pensão ao filho e pode ter prisão decretada novamente

Goleiro Bruno

O goleiro Bruno Fernandes, 37 anos, afirmou o desejo de fazer um teste de DNA em seu filho com Eliza Samudio, modelo assassinada em 2010 a mando do ex-atleta. Bruno afirma que o exame é um direito dele e do próprio filho.

“Muita gente acha que estou pedindo DNA para me eximir de algum compromisso. Não é isso. É um direito que a criança tem, de saber se de fato eu sou o pai ou não. É um direito meu de saber. E todo mundo sabe os motivos que quero fazer o DNA, não cabe aqui voltar ao passado e ficar falando de fulano ou sicrano”, afirmou Bruno em entrevista à Itatiaia neste sábado (20).

Quando estava preso, Bruno se recusou a fazer o teste de paternidade e a Justiça reconheceu Bruninho como seu filho em 2012.

Em 2014, por vontade de sua mulher, Ingrid Calheiros, Bruno afirmou que queria se submeter ao teste, mas o pedido foi negado pelo STF. A ação foi extinta por decisão da maioria dos desembargadores da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, pois a decisão que reconheceu o goleiro como pai de Bruninho transitou em julgado, o que impossibilitaria os recursos.

Na semana passada, Bruno lançou uma vaquinha online para arrecadar recursos para pagar a pensão do filho. Ele afirma que não tem dinheiro para quitar os débitos determinados pela Justiça. De acordo com o processo, Bruno deve R$90.748,71 de pensão ao filho.

“A vida não tem sido fácil. Muita gente ainda acha que eu tenho dinheiro, que eu levo uma vida boa, mas para você tentar levar uma vida estável você precisa trabalhar. E é o que tenho tentado fazer. Tentei voltar aos gramados, tentei fazer cursos, mas sempre sou impedido de dar continuidade na minha vida, de recomeçar minha vida de forma digna”, afirmou Bruno.

Bruno disse que fez cursos para aprender outras profissões, mas que não deu certo. “Tentei me arriscar em outras profissões, mas o que eu gosto de fazer e o que fiz a vida inteira foi jogar futebol”, disse.

Condenado pelo assassinato de Eliza, o ex-goleiro de Atlético e Flamengo teria proposto um acordo no qual pagaria R$ 30 mil à vista e R$ 60 mil parcelados em 12 vezes. A desembargadora Márcia Ferreira negou o pedido e o mandado de prisão foi expedido pela juíza Luciana de Mello.

Em julho de 2019, Bruno Fernandes conseguiu uma progressão de pena para o regime semiaberto pelo assassinato de Eliza Samudio.

Assassinato de Eliza

Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e sequestro do filho Bruninho.

A Justiça determinou que ele cumprisse 17 anos e seis meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe e sem defesa da vítima. Outros três anos e três meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado, além de mais um ano e seis meses por ocultação de cadáver.

A Justiça considerou Bruno como mandante do crime. Os investigadores apontaram que o assassinato de Eliza, amante do então goleiro do Flamengo, aconteceu em 10 de junho de 2010, em Vespasiano, na Região Metropolitana de BH, após ela ser sido trazida a força do Rio de Janeiro e mantida em cárcere privado em um sítio de Bruno, em Esmeraldas.

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