Quatro jovens entre 18 e 21 anos que trabalhavam no “Navio Cabaré” - cruzeiro temático de Leonardo e Bruno e Marrone - foram resgatados sob suspeita de serem vítimas de exploração sexual. As informações são da Polícia Federal. Vale lembrar que Eduardo Costa não faz mais parte do projeto desde 2020.
O navio saiu de Santos, em São Paulo, em direção à Angra dos Reis, no Rio, quando foi abordado pela polícia após uma denúncia.
Conforme a PF, as vítimas são naturais de São Paulo e Santa Catarina. Em declaração, elas disseram que foram contratadas para trabalhar como modelos. No entanto, após chegarem no navio, elas perceberam que os funcionários do local forneciam bebidas suspeitas de conter substâncias incomuns.
As vítimas disseram que eram impedidas de se comunicar com pessoas de fora e sempre eram vigiadas. Uma das jovens conseguiu ter acesso a um telefone e fez contato com a família, que acionou a Policia Federal.
A PF explicou que o organizador do evento na embarcação foi preso em flagrante. Ele pode responder pelos crimes de sequestro ou cárcere privado, assédio sexual, importunação sexual e tráfico de pessoas.
As quatro jovens foram levadas à Delegacia de Polícia Federal em Angra dos Reis, de onde foram encaminhadas ao IML para a realização de exames. O inquérito segue para apurar a eventual participação de outras pessoas.
Apesar disso, o evento naquele dia não foi impactado e os shows ocorreram normalmente. Ao “Balanço Geral”, da Record TV, a produtora responsável pelo evento negou o cárcere privado e mencionou que as jovens já saíram para fazer compras e que as cabines não possuem trancas externas. Além disso, disse que os envolvidos prestaram depoimento e foram liberados por falta de provas.
A produtora também afirmou que o navio tem acesso à rede e internet e que não existia qualquer proibição de contato externo.
Leonardo e a dupla Bruno e Marrone também se pronunciaram em nota enviada à emissora. Conforme o representante de Leonardo, o artista foi contratado para cantar e que não sabia das denúncias. Por outro lado, a assessoria da dupla explicou que não tem relação com o caso e sim com a parte artística. A agenda de shows não foi impactada.
Veja o que diz a Promoação - empresa que realiza os cruzeiros.
“A produtora responsável pelo evento vem ao público informar que a denúncia que trata a matéria jornalística é infundada e desprovida de qualquer prova. Nesse passo, a produtora refuta com veemência todas as acusações perpetradas, já esclarecidas perante a Autoridade Policial local, a qual, nessa premissa, entendeu que os fatos narrados não se sustentam, afastando inclusive a prisão de qualquer envolvido.
Cumpre à produtora reafirmar seu respeito e compromisso com seu público, passageiros e todos que participam e colaboram para o êxito e crescimento de tão relevante projeto. Todas as medidas cabíveis para trazer a verdade ao público serão tomadas e a produtora não medirá esforços para tanto.
Ressaltamos que diferente do que foi noticiado, não houve flagrante ou prisão de pessoas, apenas solicitaram depoimentos para esclarecimentos e que, os artistas embarcados nada tem a ver com o acontecido”.