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Anvisa aprova uso de remédio contra Covid-19 para tratamento de calvície

Substância, que também é utilizada para combater dermatite e artrite, agora será aplicada no tratamento da alopecia areata; medicamento pode custar mais de R$ 4 mil

Medicamento aprovado pela Anvisa trata mais do que a calvície

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento Olumiant Baricitinibe para o tratamento da calvície, principalmente aquela causada pela alopecia areata, uma doença autoimune que provoca a queda dos cabelos. O medicamento já tinha aprovação para ser usado no tratamento contra dermatite, artrite e até Covid-19.

O parecer favorável foi dado por técnicos da Anvisa no fim de outubro. Com a decisão, o baricitinibe passa a ser usado em pacientes adultos com quadros graves de alopecia areata em todo o corpo e não apenas em um lugar específico, como é comum em muitos medicamentos. O baricitinibe não pode ser usado para combate a calvície herdada de familiares, chamada “androgenética”.

O Olumiant Baricitinibe é fabricado pelo laboratório Eli Lilly do Brasil. Uma rápida pesquisa feita pela Itatiaia em farmácias online mostrou que a caixa com 30 comprimidos de 4mg do medicamento pode ser encontrada a partir de R$ 3.940,00, podendo passar de R$ 7 mil.

Baricitinibe funciona?

O medicamento passou por estudos no Brasil e no exterior que comprovaram sua eficácia. Uma pesquisa recente, que contou com a participação do Serviço de Dermatologia da Unicamp (Universidade de Campinas) alcançou um resultado importante: 22% dos pacientes que tinham perdido de 50% a 100% dos cabelos conseguiram recuperar quase toda a cobertura do couro cabeludo em seis semanas. A substância também foi aprovada pelo FDA, agência estadunidense com atuação similar à Anvisa.

Baricitinibe ou minoxidil?

Com a aprovação de um novo medicamento contra a calvície, muitas pessoas acabam buscando comparar os efeitos com os de outras substâncias que já são usadas normalmente, como o Minoxidil. A substância, inclusive, foi utilizada em um estudo da Universidade de Medicina em Zhejiang, na China, como auxiliar ao Baricitinibe, obtendo resultado ainda mais satisfatório.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.