O ex-ministro da Agricultura
O ex-ministro foi diagnosticado com embolia pulmonar após passar por uma operação no fêmur. Alysson Paolinelli, que completaria 87 anos no dia 10 de julho, estava internado há cerca de um mês no Hospital Madre Teresa e o estado de saúde se agravou. Ele faleceu às 06h20.
O velório será no Palácio da Liberdade, sede histórica do governo mineiro, a partir de 15h desta quinta-feira (29). O enterro será na sexta (30), às 11h, no Parque da Colina, em Belo Horizonte.
Diversas entidades do agro prestam homenagens ao ex-ministro, como o Sistema Faemg Senar e a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), da qual Alysson era presidente executivo.
“O Sistema Faemg Senar lamenta profundamente a perda do ministro Alysson Paolinelli. Mineiro de Bambuí, Paolinelli deixa o nome marcado na história de Minas Gerais e do Brasil, como um dos maiores defensores e responsáveis pelo crescimento e autossuficiência da agropecuária brasileira.
Aos familiares e amigos, o Sistema Faemg Senar reforça o mais sincero reconhecimento e respeito à trajetória de Alysson Paolinelli e externa os sinceros sentimentos e desejos de paz e conforto.
Alysson Paolinelli ficará sempre em nossa memória como um técnico incansável a favor da evolução do agronegócio brasileiro”.
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Biografia
Nascido em Bambuí em 1936, Alysson Paulinelli se formou em Engenharia Agronômica na Universidade Federal de Lavras, especializando-se nos estudos sobre o potencial agrícola do Cerrado.
Assumiu a Secretaria de Estado de Agricultura de Minas Gerais em 1971 e incentivou o uso de tecnologia para o avanço da cafeicultura no Brasil. Entre 1974 e 1979, foi Ministro da Agricultura do Brasil, durante o governo militar de Ernesto Geisel. Ele modernizou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e incentivou a ocupação econômica do Cerrado.
Foi eleito deputado federal pelo PFL e participou da Assembleia Nacional Constituinte. Recebeu diversos prêmios durante a carreira, incluindo o World Food Prize, considerado o “Nobel da alimentação”. Chegou a ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2021, mas não se saiu vencedor.