Uma professora da creche alvo de ataque em Blumenau, no interior de Santa Catarina, relatou que trancou os bebês no banheiro ao saber da invasão. A informação foi confirmada pelo jornal NSC Total.
O ataque na creche Cantinho Bom Pastor deixou quatro crianças mortas. Outras crianças ficaram feridas. O agressor, de 25 anos, levava uma machadinha e uma faca e, após fugir do local do crime, se apresentou à Polícia Militar. Ele foi preso e encaminhado à Polícia Civil.
De acordo com a reportagem, Simone Aparecida Camargo contou que ela estava preparando as crianças para ir até o pátio tomar banho de sol quando a parceira de sala chegou correndo e pediu para que fechasse a janela.
A professora disse que pensou ser um assaltante tentando refúgio dentro da escola. Então, colocou as crianças dentro do banheiro e as trancou para mantê-las em segurança.
“Aí já vieram bater na porta, dizendo que ele entrou matando. Ele foi ao parque para matar. A turma do pré estava toda lá fazendo uma roda de conversa e ele invadiu” disse Simone ao NSC Total.
Segundo ela, o suspeito também estava com mais do que uma machadinha em mãos.
Presidente prestou solidariedade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizou com as famílias das vítimas das crianças que morreram no ataque. O chefe do Executivo disse que uma tragédia como essa é “inaceitável”, além de ser um ato de “covardia” e "ódio”.
“Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor”, escreveu o presidente no Twitter. “Para qualquer ser humano que tenha o sentimento cristão, uma tragédia como essa é inaceitável, um comportamento, um ato absurdo de ódio e covardia como esse”, completou o presidente.