Equipes de resgate entram nesta terça-feira (21) no terceiro dia de buscas por desaparecidos no temporal que deixou pelo menos 40 mortos no litoral Norte de São Paulo. Enquanto os bombeiros correm contra o tempo atrás de sobreviventes, autoridades tentam desobstruir estradas e chegar a lugares onde pessoas estão sem água, luz e sinal de celular.
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A luta contra o tempo em busca de sobreviventes e para esvaziar a cidade, após tragédia é desafio para autoridades. Estima-se que em torno de 400 mil pessoas ainda estão na cidade, grande parte visitantes.
Os turistas são responsáveis por boa parte do dinheiro que gira na estância balneária. Liberar as estradas para que possam voltar para casa, porém, é um dos principais desafios depois da tragédia que, até a noite de segunda-feira (20).
Segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a prioridade para os próximos dias é restabelecer a ligação das áreas atingidas com a Rio-Santos. Sem ter como deixar a região, os visitantes lotam supermercados e congestionam as ruas da região. Recuperar totalmente a rodovia está fora de questão. Tarcísio de Freitas disse que trechos da rodovia podem ter desaparecidos por causa das chuvas. Mas abrir faixas para que as pessoas circulem e se voltem para suas casas já é um alívio
Nessa segunda-feira (20), a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros e pelas Forças Armadas. Ela estava ilhada com a família em um condomínio na praia de Camburi, em São Sebastião, e foi retirada do local em uma aeronave.
Tarcísio de Freitas visitou, na tarde desta segunda-feira (20), trechos da rodovia Rio-Santos que estão total ou parcialmente interditados. A região que vai da Barra do Sahy até Boiçucanga, no município de São Sebastião, está ilhada por conta das interdições.
O trecho atingido engloba, além de Barra do Sahy e Boiçucanga, as praias da Baleia e Camburi, e está completamente interditado por conta de queda de barreiras.
Enquanto a situação não se resolve, o clima de São Sebastião é de alerta. Além do movimento em torno do gabinete de crise instalado no Teatro Municipal, a movimentação é intensa próxima a hospitais e do Fundo Social de Solidariedade, que concentra o recebimento de donativos. Para quem fica, a situação causa ansiedade.
Calamidade
O governo de São Paulo decretou estado de calamidade em seis cidades e luto oficial de três dias. Cerca de 600 agentes da prefeitura, Defesa Civil, Forças Armadas, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Exército trabalham no auxílio à população
A ministra do planejamento Simone Tebet disse nessa segunda-feira (21) que o governo liberou o FGTS e priorizará o programa Minha Casa Minha Vida para as vítimas das chuvas.
O Fundo Social de São Paulo ampliou as possibilidades de doação às vítimas da tragédia no Litoral Norte. Agora, além de donativos como alimentos não perecíveis, água mineral e roupas limpas e em bom estado para uso, os interessados também podem fazer depósitos, transferência ou PIX para auxiliar as famílias desalojadas ou desabrigadas, por meio de duas contas do Fussp.
A doação pode ser feita por meio da seguinte conta:
Banco do Brasil
Agência: 1897-X
Conta corrente: 19.490-5
CNPJ/MF nº 44.111.698-0001/98
Chave Pix: CNPJ/MF nº 44.111.698-0001/98
Para doar cobertores:
Banco do Brasil
Agência: 1897-X
Conta corrente: 19.771-8
CNPJ/MF nº 44.111.698-0001/98
Chave Pix: