Há 10 dias, Bruno Lage surpreendeu a todos ao colocar seu cargo à disposição após a primeira derrota do Botafogo como mandante no Brasileirão. O pronunciamento, encarado no clube como um desabafo, ofuscou o revés no clássico com o Flamengo, e foi justamente essa a estratégia do técnico.
“A conclusão a que chego é que funcionou, porque a pressão veio para cima de mim. Funcionou de tal maneira que se falou mais na situação, ainda bem, do que no VAR do jogo. Estou de alma e coração no Botafogo”, disse Lage, em entrevista ao “ge”, antes de avaliar a ansiedade pelo possível título brasileiro.
“Tem que haver uma ansiedade normal, quer da parte deles (jogadores), quer da parte do torcedor, a algo que ainda falta muito, mas que pode ser conquistado e que foge há 28 anos”, completou Lage.
Na ocasião, Bruno Lage falou por cerca de 10 minutos e deixou a sala de coletiva do Estádio Nilton Santos sem responder perguntas dos jornalistas. De imediato, a diretoria foi atrás do técnico. Os jogadores que estavam no local também o procuraram. Lage contou como foi a reação dos atletas.
“Reação de espanto... Cada pessoa é livre para tomar as interpretações que querem. Às vezes, brinco que, quando estamos preparando uma estratégia para um jogo, eu não vou saber o que um treinador vai fazer quando há um jogador lesionado ou suspenso. Eu tenho que tentar que entrar na cabeça dele e ver como ele vai tentar escalar o time. A única interpretação é essa”, completou Bruno Lage.
Com o técnico português no comando das atividades durante a Data Fifa, o Botafogo está se preparando para o retorno do Campeonato Brasileiro. No sábado (16), o Alvinegro visita o Atlético na Arena MRV, em Belo Horizonte, pela 23ª rodada da Série A. A bola rola às 21h (de Brasília).