A Galoucura, principal torcida organizada do Atlético, exibiu uma mensagem contra o racismo na arquibancada do Mineirão, em Belo Horizonte, antes da partida contra o Athletico-PR, pela 4ª rodada do Grupo G da Copa Libertadores.
Uma bandeira verde e amarela foi estendida pelos torcedores da organizada com a frase “fogo nos racistas”, popularizada pelo rapper atleticano Djonga.
A torcida do Atlético demonstra apoio a Vinícius Júnior, atacante do Real Madrid que foi alvo de racismo no último domingo, durante partida contra o Valencia, pelo Campeonato Espanhol. O jogador brasileiro foi chamado de macaco durante o confronto.
O Atlético também apoiou o jogador e exibiu mensagens no gramado do Mineirão. Na faixa estendida perto do banco de reservas do Atlético, a frase era: “O Galo é preto e branco. TMJ Vini Jr.”.
Já a faixa ao lado do banco de reservas da equipe visitante tinha a seguinte mensagem: “Vamos banir o racismo! Força, Vini Jr.”.
Racismo contra Vini Jr.
Foi possível ouvir os gritos de “Mono” (macaco, em espanhol) por parte da torcida do Valencia. O árbitro conversou com oficiais da organização da partida e o jogo foi interrompido.
O sistema de som do estádio anunciou a paralisação do duelo devido ao comportamento dos fãs do Valencia e pediu que a torcida desse fim às “manifestações racistas”. Houve um novo aviso até que, depois de cerca de oito minutos, a partida foi retomada, com Vini Jr em campo.
A partir das repetidas demonstrações racistas, o jogo ficou nervoso. Vini Jr. foi provocado pelo goleiro geórgio Giorgi Mamardashvili, que foi punido com o cartão amarelo. Os jogadores trocaram empurrões no campo.
No fim do confronto, porém, o brasileiro, revoltado e desestabilizado pelos rivais, foi expulso depois de desentender com o atacante Hugo Duro, em quem acertou o braço. Ele levou amarelo, mas após revisão do lance pelo VAR, foi expulso nos acréscimos.
O problema envolvendo a torcida espanhola não é novidade.
Vinícius responde
“Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhois que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”, completou.