O Atlético está perto de confirmar a negociação da maior parte das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) com o empresário estadunidense Peter Grieve. Conforme apurou a Itatiaia,
O empresário não é nome muito conhecido no cenário brasileiro, mas tem história que relaciona investimentos ao mundo do futebol. Conheça, nos tópicos abaixo, um pouco mais da vida e carreira de Grieve.
Vida pessoal e carreira
Peter Grieve foi fuzileiro naval nos Estados Unidos, e mesmo antes disso já conhecia e amava o futebol. Após se graduar em 1977 e passar anos na Marinha, ele estudou administração e negócios na Tuck School of Business, em Hanover, no Estado de Nova Hampshire, onde também pôde jogar pelo time da instituição.
Após a faculdade, Grieve trabalhou durante anos no Goldman Sachs, banco de investimentos fundado em Nova York. Ele ficou na empresa por mais de 20 anos, mas mudou os rumos da carreira para ajudar a fundar a Cordia Bancorp Inc., grupo para adquirir e recuperar bancos falidos.
Simultaneamente, passou a diversificar os investimentos, e nesse momento entrou ainda mais no mundo do futebol. Em 2008, passou a fazer parte do quadro de diretores do Grassroot Soccer, organização que busca conscientizar jovens africanos sobre o HIV.
Participação no mundo do futebol
No mesmo contexto da campanha de conscientização na África, Peter Grieve participou da fundação do Bantu Rovers, clube profissional de Zimbábue do qual ainda é coproprietário. O time até chegou à elite nacional, mas não se manteve no topo e também não teve protagonismo.
Já nos anos 2010, o empresário estadunidense integrou o grupo de donos do Europa Point, time de Gibraltar que também não teve grande destaque no cenário do futebol. Em 2016, Grieves tentou comprar o Hull City, clube da Inglaterra, mas esbarrou nas negociações e não conseguiu concluir o investimento. No Brasil, ele tentou acordo com o Botafogo, mas o clube carioca se acertou com John Textor.
Além dessas tentativas, Grieve fundou a The Football Co., e com o projeto, foi em diferentes continentes buscar investidores para comprar equipes pelo mundo no formato “MCO” (Multi-club ownership), em que um grupo detém vários clubes.
Em entrevista ao site Off The Pitch, o empresário garante que o grupo já adquiriu clubes da Conmebol, da Concacaf e da Uefa, além de “academias de futebol em países em desenvolvimento”. Com diversas tentativas ao longo dos anos, Grieve nunca escondeu o amor pelo esporte.
“Todos os meus melhores amigos, tudo de bom na vida que aconteceu comigo saiu deste jogo”, afirmou em outro pronunciamento.