O home office se consolidou como realidade para muitos profissionais e empresas, mas trouxe também novos desafios para a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Por um lado, a flexibilidade e o conforto do lar são vantagens, por outro, a falta de estrutura adequada e o excesso de horas diante do computador têm gerado queixas frequentes de dores musculares, fadiga e estresse.
De acordo com Arlete Cristina Arana Varella, analista de ergonomia do Sesi SST Uberlândia, os principais riscos ergonômicos enfrentados por quem trabalha em casa são postura incorreta, mobiliário inadequado, iluminação insuficiente e sobrecarga mental.
“Sem uma cadeira e mesa apropriadas, é fácil adotar posições que causam dores nas costas e nos braços, além de lesões por esforços repetitivos. A falta de boa iluminação também pode provocar cansaço visual e dores de cabeça”, explica Arlete à Itatiaia.
Ambiente e apoio corporativo são fundamentais
Para garantir que o trabalho remoto seja produtivo e saudável, Arlete reforça que as empresas têm papel essencial no suporte ergonômico. O primeiro passo é identificar o que cada colaborador possui em casa e oferecer os equipamentos que faltam, como notebooks, monitores, teclados, mouses e cadeiras adequadas.
“Algumas empresas optam por fornecer os itens diretamente, outras oferecem reembolso para a compra de móveis ergonômicos. Também é importante orientar os colaboradores sobre o uso correto dos equipamentos e incentivar pausas a cada 60 a 90 minutos”, detalha.
Além da estrutura física, a atenção à saúde mental deve fazer parte da estratégia. Arlete alerta que a dificuldade em separar vida pessoal e profissional pode levar ao estresse e isolamento. Por isso, a escuta ativa e o acompanhamento dos gestores são fundamentais.
Tecnologia e hábitos saudáveis ajudam a manter a saúde
Mesmo à distância, as empresas podem monitorar e apoiar a saúde ergonômica dos colaboradores. Ferramentas digitais como questionários, autoavaliações e videoconferências ajudam profissionais de saúde ocupacional a identificar ajustes necessários.
Arlete destaca que já existem aplicativos e dispositivos voltados à ergonomia, como o Time Out e o Workrave, que lembram o usuário de fazer pausas, ou o Ergodroid, que monitora a postura pela câmera e envia alertas quando há desalinhamento.
“Essas soluções são práticas e têm ajudado as pessoas a manterem bons hábitos no home office”, comenta.
Além da tecnologia, hábitos simples continuam sendo indispensáveis: manter a postura correta, apoiar os pés no chão, alinhar o monitor à altura dos olhos, fazer alongamentos e beber água com frequência.
“Pequenas mudanças no dia a dia fazem uma grande diferença na prevenção de dores e no aumento da produtividade”, conclui Arlete.
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