O Brasil precisa aproveitar sua histórica postura de equilíbrio na política externa, como na disputa entre potências como EUA e China, para atrair investimentos globais. Este ponto é reforçado por Oliver Stunkel, analista, pesquisador, consultor e professor especializado em relações internacionais, convidado do podcast “Brasil: Uma Oportunidade”, de Rubens Menin.
No programa, o debate trata da posição estratégica do Brasil frente às crescentes tensões geopolíticas globais. Stunkel enfatiza a importância de não se alinhar de forma exclusiva a alguma potência, mas buscar uma política externa que promova relações comerciais e diplomáticas estáveis com China e Estados Unidos. Isso é visto como fundamental para garantir a segurança e atratividade do Brasil como destino de investimentos internacionais.
“Um número sem precedentes de investidores da Europa, dos Estados Unidos e da China me procura e todos chegam com o mesmo papo de que precisam diversificar seus portfólios, afirmando ‘o Leste Europeu me assusta, o Oriente Médio assusta, o Leste Asiático é muito instável’”, afirma Oliver. “A América Latina é vista por eles como um espaço para investimentos, principalmente o Brasil, devido ao tamanho de seu mercado e, apesar dos ruídos, ao risco político relativamente baixo”, reforça.
Menin e Stunkel ressaltaram a urgência de políticas públicas que abordem questões como mudanças climáticas e a fuga de cérebros. Esses desafios não apenas representam ameaças, como também oferecem oportunidades para o Brasil se posicionar como uma potência agrícola e verde, capaz de atrair investimentos em setores de inovação e sustentabilidade. A inovação, exemplificada pelo sucesso do Pix, é citada como um exemplo do potencial brasileiro na era digital.
