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Se for tetra em 2023, Galo terá jogado 67 jogos a menos que na sequência alcançada entre 1978 e 1981

Atlético busca pela terceira vez uma série de quatro títulos estaduais diante do forte América de Vágner Mancini

Tetracampeonato mineiro do Galo nos anos 1970 e 80 teve 67 jogos a menos que sequência atual

Se o América busca a menor distância entre dois títulos no Profissionalismo, iniciada em 1933, nesta decisão do Campeonato Mineiro de 2023, o Atlético tenta seu terceiro tetracampeonato, o segundo na Era Mineirão, mas numa realidade bem diferente da última vez que o Galo alcançou esta sequência.

Entre 1978 e 1981 uma das maiores gerações atleticanas de todos os tempos interrompeu a supremacia cruzeirense, já que o time da Toca tinha vencido dez das 13 edições do Estadual disputadas entre 1965 e 1977.

Reinaldo, Toninho Cerezo, Paulo Isidoro, Marcelo e companhia marcaram época no Campeonato Mineiro, mas para isso precisaram jogar muito mais do que o elenco atual, caso os comandados de Eduardo Coudet consigam superar o América na decisão que começa neste sábado (1), às 16h30, no Estádio Independência.

O maior número de jogos disputados pelo Atlético numa edição de Módulo I no atual tricampeonato foi de 15 partidas, em 2020 e 2021. A campanha com menos confrontos entre 1978 e 1981 foi em 1980, com 20.

Nesta edição de 2023, o campeão e o vice terão entrado em campo apenas 12 vezes. Em 1979, por exemplo, só no segundo turno da fase classificatória, que precisou de um jogo extra entre Cruzeiro e Atlético para decidir o campeão da etapa, foram 16 as partidas disputadas.

O Campeonato Mineiro de 1979 teve o recorde de jogos do Galo no tetra do final da década de 1970 e início dos anos 1980, numa série que terminou com o hexa, em 1983. Naquela edição do Estadual foram 43 as partidas disputadas pelo Atlético.

A somatória de 1978 a 1981 dá o número de 123 partidas disputadas pelo Galo na campanha do seu último tetra, o primeiro e até então único na Era Mineirão.

Se o time de Coudet conseguir superar a grande equipe de Vágner Mancini nesta decisão de 2023, serão 56 os jogos na somatória das quatro campanhas.

Serão 67 partidas a menos, o que com o número de 12 jogos, marca deste Estadual de 2023, significa cinco edições e meia da competição.

Considerando-se apenas os 90 minutos regulamentares de um jogo, são 100 horas e meias a mais em campo. Mais de quatro dias.

Esses números escancaram como os estaduais, tão criticados, mas que foram responsáveis pelo nascimento das rivalidades regionais no futebol brasileiro, perderam espaço no calendário, embora muita gente os aponte como um dos nossos problemas.

Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro

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