O Cruzeiro iniciou a temporada 2023 em 21 de janeiro, fazendo 2 a 1 no Patrocinense, em Patrocínio. A derrota de 1 a 0 para o Pouso Alegre, colocada pelo diretor de futebol celeste, Pedro Martins, como a partida que mostrou à diretoria que Paulo Pezzolano não estava de corpo e alma na Toca II, foi em 7 de fevereiro.
São 17 dias entre as duas partidas. Pouco mais de duas semanas de 2023 foram suficientes para o comando da SAF cruzeirense ver que o desejo de Pezzolano, que no final de 2022 já queria sair do clube, era realidade.
É um erro grave numa temporada especial, que marca a volta do Cruzeiro à Série A do Campeonato Brasileiro após três temporadas seguidas jogando a Segunda Divisão nacional, competição que conquistou no ano passado.
Era fundamental o time começar o ano aproveitando o Campeonato Mineiro como preparação para um Brasileirão que caminha para ser um dos mais difíceis da história.
E onde o Cruzeiro entra com o ingrato objetivo de evitar um rebaixamento à Série B, que seria desastroso para o clube não só do ponto de vista institucional, mas principalmente financeiro, pois as cotas de televisão das duas competições têm um abismo em termos de valores.
Quando Pedro Martins diz que “existia a possibilidade de o Pezzolano ficar. E a gente entendendo que era um profissional de alto nível, a gente não ia abrir mão. E, várias conversar a gente conseguiu reverter”, ele evidencia que foram várias as vezes em que o treinador desejou sair.
Pepa é um treinador muito bem avaliado. Por mais que o diretor celeste garante que a relação com Pezzolano era de parceria, ficou evidente que a insegurança era uma marca.
Não há nada perdido. O novo comandante terá muito tempo antes da estreia no Campeonato Brasileiro, mas o caminho percorrido, independentemente de qualquer convicção, não foi o ideal diante de todas as informações que se tem nas entrevistas de Pezzolano e Pedro Martins.