A PCMG concluiu o inquérito que apurou a morte e a ocultação do corpo de um recém-nascido, encontrado morto em um saco de lixo por funcionários do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), no Bairro Minaslândia, região norte de BH, no final do mês de maio.
Os delegados Álvaro Homero Huertas dos Santos, Adriano Soares e Ariadne Elloise Coelho realizaram uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (2) e detalharam o caso.
A acusada, de 35 anos, mãe da criança, conheceu um homem estrangeiro, de origem turca, pela internet. Ele veio a Belo Horizonte, os dois se encontraram, tiveram relações sexuais e ela engravidou. Ao descobrir que ele saía com várias mulheres, decidiu interromper o contato com ele e escondeu a gravidez da própria família.
No dia 25 de maio, ela entrou em trabalho de parto e deu à luz sozinha a uma menina. Apesar de perceber que a recém-nascida estava respirando, ela a colocou o bebê em um saco de lixo e descartou o corpo em uma lixeira perto de casa.
Dois dias depois, um andarilho mexeu na lixeira e notou um cheiro forte, mas o corpo só foi encontrado no dia 29 de maio por agentes da SLU.
À polícia, a mulher alegou que ouvia vozes durante a gestação. Um exame psiquiátrico indicou que ela é semi-imputável, ou seja, não tem plena capacidade de entender ou controlar seus atos. Por isso, a Justiça poderá decretar prisão domiciliar ou internação compulsória, considerando também o risco que ela representa a terceiros.
A acusada confessou o crime e pode ser responsabilizada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.