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Metanol: Secretaria de Saúde descarta caso suspeito de intoxicação em Minas

A ocorrência foi discutida no CIATox/MG do Hospital João XXIII, entretanto, não atendia à definição de caso suspeito

Caso suspeito foi registrado no município de Santa Maria do Suaçuí, no Vale do Rio Doce

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) descartou o caso suspeito de intoxicação por metanol no estado. Em nota, o órgão afirmou que a ocorrência foi discutida com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (CIATox/MG), vinculado ao serviço de Toxicologia do Hospital João XXIII da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), e descartado, por não atender a definição de caso suspeito.

O Ministério da Saúde informou, na manhã deste sábado, que o caso suspeito foi registrado no município de Santa Maria do Suaçuí, no Vale do Rio Doce.

Após identificado, a ocorrência foi comunicada ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas).

A SES-MG reforçou que o CIATox/MG permanece disponível 24 horas por dia para orientação técnica e assistência em casos de intoxicação, reforçando seu papel como referência estadual em toxicologia.

“Para ampliar a vigilância, a SES-MG encaminhou orientações às regionais de saúde, reforçando a necessidade de notificação imediata de qualquer suspeita”, apontou o órgão.

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Secretaria de Saúde faz alerta

Em nota enviada a Itatiaia, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais fez alerta em relação aos ricos da intoxicação por metanol. Leia as recomendações, na íntegra:

“A SES-MG destaca que a intoxicação por metanol pode evoluir de forma rápida e causar consequências graves, como cegueira irreversível e risco de morte. Em situações suspeitas, a recomendação é procurar atendimento médico imediatamente. O diagnóstico e o início do tratamento nas primeiras seis horas após os sintomas são determinantes para salvar vidas.

Os primeiros sintomas de intoxicação podem surgir até seis horas após o consumo, como dor abdominal intensa, sonolência, tontura, náuseas, vômitos, dor de cabeça, confusão mental, falta de coordenação, dificuldade para andar, taquicardia e pressão baixa. Entre seis e 24 horas, podem aparecer sinais ainda mais graves, incluindo visão turva ou embaçada, sensibilidade à luz, pupilas dilatadas, perda da visão das cores, convulsões e até coma.

Embora os sinais possam ser confundidos com os de uma ressaca comum, a evolução é rápida e pode ser fatal. O atendimento precoce é fundamental para preservar a vida.

Para reduzir os riscos de intoxicação, a orientação é simples: adquirir bebidas apenas em locais de confiança, verificar sempre os lacres e rótulos e desconfiar de preços muito abaixo do mercado. Essas medidas são essenciais para evitar o consumo de produtos adulterados com substâncias tóxicas.”

Intoxicações por metanol chegam a 195 casos no Brasil

O Ministério da Saúde atualizou o número de notificações de casos suspeitos e confirmados de intoxicação por metanol no Brasil no início da noite deste sábado (4). Houve aumento considerável de 127 para 195 registros.

As notificações foram informadas até às 16h de hoje para o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS).

Em todo o país, são 14 casos confirmados e 181 em investigação. Do total de registros, 162 são em São Paulo, 14 confirmados e 148 em investigação, o que faz com que o estado paulista seja o que responde pela maioria dos casos notificados.

Dessas notificações, 13 são de óbitos. Um óbito confirmado no estado de São Paulo e 12 estão sendo investigados (7 em SP, 3 em PE, 1 na BA e 1 no MS).

São Paulo confirmou segunda morte

Apesar de não constar no boletim oficial do Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou, na tarde deste sábado (4), a segunda morte por intoxicação por metanol. A vítima é um homem de 46 anos, morador da capital paulista, que estava internado após ingerir bebida alcoólica. O estado já soma dois óbitos confirmados pela substância.

Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.